Associação Brasileira de Implantes Líquidos se manifesta sobre o uso de PMMA

Associação Brasileira de Implantes fez nota de posicionamento 

(Foto: Reprodução)

Após reportagem do SuperPop sobre mudanças corporais por meio de cirurgias plásticas (clique aqui para assistir ao vídeo), a Associação Brasileira de Implantes Líquidos (ABIL), na qualidade de disseminadora de conhecimentos, se posicionou sobre o uso do PMMA.

Veja na íntegra:

"Há milhares de médicos que mesmo após diversos testes realizados pela ANVISA, assim como outros tantos estudos publicados sobre o tema, e por outro lado com muitos anos sem se atualizarem sobre a evolução do produto que hoje está na sua 4º geração e é considerado o mais seguro entre os preenchedores de tecidos moles, mantem-se contrários a sua utilização. No entanto, isso não torna o produto menos eficaz, muito menos perigoso, trata-se, na verdade, de uma simples opção profissional por técnicas diversas, que invariavelmente não apresentam resultados tão satisfatórios quanto o PMMA.

O PMMA tem sido acusado injustamente, sim, injustamente pois há comprovação científica séria de que o produto não é absorvido pelas células e, consequentemente, não provoca inflamações ou mesmo pode mudar de lugar dentro do organismo. Da mesma forma, supor que o produto causa aos pacientes inúmeras deformidades irreversíveis e, em muitos casos, até mutilações, fatos que não correspondem aos dados da literatura científica mundial, sendo dever da ABIL desmistificar publicações que não compreendem o produto de forma adequada.

As alegações de “migração local”, vasculite, necrose cutânea não estão relacionadas ao PMMA, como os estudos recentes tem mostrado, e sim ao Silicone Líquido e ao silicone industrial, amplamente aplicados clandestinamente no Brasil como sendo PMMA, e muito frequentemente não identificado pelos próprios médicos, que não sabem diferenciar os dois produtos em uma ressonância magnética. O silicone industrial e o hidrogel ficam palpáveis, ao contrário do PMMA, que tem consistência a aparência de músculo após aplicado.

Vale ressaltar que o PMMA é um preenchedor inerte, biocompatível, sem rejeição, que não induz infecção, necrose ou danos aos tecidos. Ele é utilizado na medicina há mais de 70 anos, entre suas utilidades estão: cimentos ósseos; lentes de contato e lentes intra-oculares; fixação de parafuso no osso; preenchimento de cavidades ósseas e defeitos de crânio; e estabilização de vértebras em pacientes com osteoporose ou fraturas. Fora isso, existem outros 29 anos do uso do produto como preenchedor definitivo.

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