25/11/2019 11:34:00 - Atualizado em 25/11/2019 11:43:00

Concentração de gases do efeito estufa bate recorde em 2018, diz agência da ONU

Redação/RedeTV!

Segundo a ONU, "não há indícios de desaceleração visíveis" nas emissões dos gases causadores das mudanças climáticas


ONU: "não há indícios de desaceleração visíveis" nas emissões dos gases causadores das mudanças climáticas - (Foto: Divulgação/Liu Xuejun/Nature)

A Organização Meteorológica Mundial (OMM), agência ligada à Organização das Nações Unidas (ONU) anunciou nesta segunda-feira (25) que a concentração dos pricipais gases do efeito estufa na atmosfera bateu um recorde em 2018.

Segundo cientistas, o dióxido de carbono (CO2), principal gás causador do efeito estufa que permanece na atmosfera e associado às atividades humanas, alcançou um novo recorde de concentração no ano passado, de de 407,8 partes por milhão (ppm). O nível registrado é 147% maior que o pré-industrial de 1750.

O secretário-geral OMM, Petteri Taalas, disse em comunicado que "cabe recordar que a última vez que a Terra registrou uma concentração de CO2 comparável foi entre 3 e 5 milhões de anos atrás. Na época, a temperatura era de 2 a 3 °C mais quente e o nível do mar era entre 10 e 20 metros superior ao atual".

Ainda segundo a agência, "não há indícios de desaceleração visíveis" nas emissões dos gases que são os principais causadores das mudanças climáticas. "Não há indícios de que vá acontecer uma desaceleração, e muito menos uma redução, da concentração dos gases do efeito estufa na atmosfera, apesar de todos os compromissos assumidos no Acordo de Paris sobre a mudança climática", explica Talas.

    Alerta antes da COP25

    O anúncio da OMM foi divulgado alguns dias antes do nício da reunião anual da ONU sobre a luta contra a mudança climática, a COP25, que acontece de 2 a 13 de dezembro, em Madri, na Espanha.

    O documento não aborda as quantidades de gases do efeito estufa que são emitidas na atmosfera, mas sim as que permanecem nela, visto que os oceanos absorvem aproximadamente 25% das emissões totais – assim como a biosfera, à qual pertencem as florestas.

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