Irã ataca Israel com mísseis; Tel Aviv e Haifa sofrem destruição
Gabriel Anjos | Redação RedeTV!O ministro da Defesa de Israel fez um alerta aos habitantes de Teerã; confira
(Foto: Reprodução/ X @ShaykhSulaiman)
Antes do amanhecer desta segunda-feira (16), Tel Aviv e a cidade portuária de Haifa, em Israel, foram atingidas por mísseis iranianos, resultando em ao menos oito mortos e danos significativos a residências. O ministro da Defesa de Israel alertou que os habitantes de Teerã “pagarão o preço e logo”.
O Irã informou que seu Parlamento está elaborando um projeto de lei para se retirar do Tratado de Não Proliferação Nuclear (TNP), embora afirme manter sua oposição ao desenvolvimento de armas de destruição em massa. A tramitação da proposta deve levar algumas semanas.
Embora nunca tenha sido confirmado oficialmente, Israel possui um arsenal nuclear considerável e permanece como o único país do Oriente Médio que não é signatário do TNP.
As Forças de Defesa de Israel, que realizaram bombardeios contra alvos nucleares e militares do Irã, anunciaram a morte de quatro autoridades oficiais da inteligência iraniana, incluindo o chefe do setor da Guarda Revolucionária.
Segundo autoridades israelenses, apenas sete dos mais de cem mísseis lançados pelo Irã durante a madrugada atingiram o território israelense. Um porta-voz das Forças Armadas relatou que mais de um terço dos lançadores de mísseis superfície-superfície iranianos foram destruídos.
Pelo menos 100 pessoas ficaram feridas nos ataques noturnos do Irã, em retaliação às ofensivas israelenses contra os programas balísticos e nucleares iranianos.
O Irã, enfrentando sua mais grave crise de segurança desde a Revolução Islâmica de 1979, afirmou ter detido dezenas de supostos sabotadores e espiões ligados a Israel.
Desde o início do maior ataque israelense contra o país, ocorrido na sexta-feira passada, a moeda iraniana perdeu cerca de 10% de seu valor frente ao dólar.
O risco de escalada do conflito foi pauta de uma reunião de líderes do G7 no Canadá. No domingo (15), o presidente dos EUA, Donald Trump, expressou esperança de que um acordo possa ser alcançado, embora os combates sigam intensos no quarto dia da guerra.
A já frágil estabilidade no Oriente Médio vinha sendo agravada pela guerra em Gaza entre Israel e o grupo palestino Hamas.
Até o momento, os mísseis iranianos mataram 24 civis em Israel. No Irã, o número de mortos chegou a pelo menos 224, sendo 90% das vítimas civis, conforme o Ministério da Saúde iraniano.
A imprensa estatal iraniana noticiou que o Hospital Farabi e regiões próximas, na província de Kermanshah, sofreram ataques com mísseis, provocando graves danos materiais.
Em Haifa, operações de busca e salvamento seguem em andamento, com cerca de 30 feridos, conforme os serviços de emergência. Incêndios foram registrados em uma usina de energia próxima ao porto.
Bairros densamente povoados de Tel Aviv tiveram edifícios residenciais completamente destruídos, e o impacto das explosões quebrou janelas de casas e hotéis próximos à filial da embaixada dos EUA. Segudo a Reuters, o embaixador americano confirmou que a sede
Outros mísseis também atingiram áreas próximas ao mercado Shuk HaCarmel, famoso por atrair multidões em busca de frutas e vegetais frescos, além de uma rua residencial em Petah Tikva e uma escola em Bnei Brak, cidade de maioria ultraortodoxa.
A Guarda Revolucionária do Irã afirmou que os ataques utilizaram uma nova tática que teria confundido os sistemas de defesa em camadas de Israel, fazendo-os se atacarem entre si, embora não tenham dado detalhes.
O ministro da Defesa, Israel Katz, declarou: "O arrogante ditador de Teerã se tornou um assassino covarde, que tem como alvo a frente civil de Israel para impedir que as forças continuem o ataque que está colapsando sua capacidade". E completou: "Os moradores de Teerã pagarão o preço, e em breve."
Katz ainda emitiu uma nota separada esclarecendo que Israel não tem intenção de atingir deliberadamente civis na capital iraniana.
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