11/02/2025 19:54:00

Brasileiros vítimas de tráfico humano em Mianmar são resgatados após meses em cativeiro

Redação Redetv!

Luckas Viana já morava em Bangkok, na Tailândia, quando foi atraído por falsas promessas de emprego

(Foto:Reprodução/Redes Sociais)

Dois brasileiros foram resgatados no último sábado (8) após passarem mais de três meses como reféns de uma rede de tráfico humano em Mianmar, no sudeste asiático.

Luckas “Kim” Viana, de 31 anos, e Phelipe de Moura Ferreira, de 26, foram libertados por uma organização não governamental (ONG) e tiveram o resgate confirmado pelo Ministério das Relações Exteriores (Itamaraty).

Luckas Viana já morava na Ásia, em Bangkok, na Tailândia, quando foi atraído por falsas promessas de emprego e levado a Mianmar.

Segundo sua mãe, Cleide Viana, o filho entrou em contato com ela pela última vez em 27 de outubro, em uma ligação de apenas quatro minutos, na qual revelou estar sendo torturado, explorado e forçado a cometer crimes contra sua vontade.

Sem mais notícias, Cleide começou a acionar autoridades, incluindo o Itamaraty, a Embaixada de Mianmar e até o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Em 8 de dezembro, recebeu um novo telefonema de Luckas, que contou que seus sequestradores exigiam um pagamento de 20 mil dólares (cerca de R$ 122 mil) para libertá-lo. Com isso, a família iniciou uma campanha de arrecadação de fundos para cobrir despesas com passagens, apoio jurídico e negociações.

O Itamaraty informou que vinha monitorando o caso desde outubro e que manteve contato contínuo com autoridades de Mianmar e Tailândia para garantir a liberação dos brasileiros. Durante reuniões diplomáticas em janeiro, a Embaixadora Maria Laura da Rocha reforçou a urgência da situação junto ao governo de Mianmar.

Nesta terça-feira (11), o Itamaraty divulgou uma nota oficial confirmando a libertação de Luckas Viana e Phelipe Ferreira.

“O tema foi também tratado pela Embaixadora Maria Laura da Rocha, na ocasião na qualidade de Ministra substituta, durante a IV Sessão de Consultas Políticas Brasil-Myanmar, realizada em Brasília, em 28 de janeiro último. Em suas gestões, a Embaixadora Maria Laura da Rocha reforçou a necessidade de esforços contínuos para localizá-los e resgatá-los. O setor consular do Itamaraty manteve, ainda, contato permanente com as famílias”, diz o comunicado.

Segundo a nota, a operação de resgate foi conduzida por uma ONG atuante na região fronteiriça entre Mianmar e Tailândia. O setor consular do Itamaraty também manteve contato permanente com as famílias durante todo o processo.

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