14/03/2024 19:51:00

Lula lançará pacote de educação para 1ª infância, diz Priscila Cruz

Redação RedeTV!

A presidente-executiva do Todos Pela Educação destacou o compromisso do governo em criar medidas integradas

(Foto: Divulgação/ RedeTV!)

A presidente-executiva do Todos Pela Educação, Priscila Cruz, falou em entrevista ao “É Notícia” desta quinta-feira (14) dos programas voltados para a primeira infância que serão lançados pelo governo Lula.

Lula pediu uma política pró-equidade. Tem que olhar mais para a criança mais pobre. Ele pediu para ser uma política já de governo digital (…) Política interfederativa, então a gente levou a sério essa tarefa, e a gente está propondo três caminhos que já apresentou no plano do Conselhão”, disse Priscila Cruz. 

A especialista em Educação Básica Pública destacou a mobilização do governo Lula para lançar as medidas que visam integrar as políticas voltadas para a primeira infância ainda em 2024. Apelidado por Priscila como “PAC da primeira infância”, o pacote criará um sistema nacional único de base de dados, protocolos integrados e um sistema de comunicação com as famílias. 

“O nosso desejo é que dá para gente lançar essa política ainda neste ano, no segundo semestre. Acho que essa pode ser uma grande marca do Governo Federal, de política social, que une várias políticas sociais, porque é saúde, educação, assistência social, alimentação, muita coisa junta, entregando para crianças que é quem mais precisam”, revelou. 

Ela ainda defendeu a importância em integrar educação a tecnologia, no entanto, ressaltou que a proibição do uso de celulares nas escolas é necessário para o bem-estar dos alunos. “Infelizmente eu sou favorável a proibir o uso de celular na escola, porque a gente ainda não tem um sistema que dê conta de articular o uso do celular com o aprendizado, que tenha um bom uso. Talvez a gente chegue lá, mas o celular destrói demais. Esses alunos estão viciados em conteúdos de curta duração, a concentração dos alunos está muito prejudicada.”

Reforma do Ensino Médio

Conduzidas em 2017 durante o governo de Michel Temer, as regras da reforma do Ensino Médio começaram a ser aplicadas em 2022. A implementação foi suspensa em abril de 2023 para que o Novo Ensino Médio (NEM) passe por nova mudança de modelo, de acordo com regras apresentadas em outubro pelo governo. 

Para Priscila, o ensino médio brasileiro possui uma série de problemas e necessita de mais diversidade para que os alunos tenham a possibilidade de se aprofundar em áreas que serão relevantes para sua carreira profissional. “A pesquisa mostra claramente que 65% dos alunos querem esse ensino médio mais antenado com a vida. Ele quer flexibilidade, quer poder cursar o ensino médio mais dinâmico. Quanto mais ele conhece a proposta, maior é a aprovação, então chega a 79% dos alunos que conhecem bem a reforma. Agora, isso não significa que o aluno está satisfeito com a implementação. Realmente há uma série de questões que precisam ser corrigidas, e agora estão no Congresso para serem corrigidas.”

Questionada por Kennedy Alencar sobre o maior problema na implementação do NEM, a especialista destacou as horas anuais como “o principal nó”. “O que está sendo implementado no país, o que está em vigor, é um teto de 1.800 horas para a formação geral básica. O que a gente já propunha e que é o texto que tanto o MEC defende, mas também o próprio deputado Mendonça já colocou: tirar o teto e colocar um piso. Muda o teto de 1.800 horas para um piso de, no caso do MEC defendendo, 2.400 horas como piso, e o Mendonça Filho 2.100 horas de piso”, explicou.

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