Produção industrial no Brasil cai 0,3% em agosto, segundo IBGE
Arthur Henrique - Redação/RedeTV!
O maior destaque negativo foi o setor de petróleo e combustível, com queda de 5,7% - (Divulgação/Agência Brasil)
A produção industrial do Brasil caiu 0,3% em agosto ante o mês anterior, de acordo com dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A segunda queda mensal seguida foi puxada pelo setor de produtos derivados do petróleo e biocombustíveis, que registrou queda de mais de 5%.
O resultado anterior, referente ao mês de julho, passou por revisão e agora mostra um recuo de 0,1% ante 0,2% publicado na primeira divulgação. Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, a produção teve alta 2% e é o terceiro resultado positivo consecutivo, embora seja o mais fraco da sequência.
No acumulado do ano, a indústria avança 2,5%. Entretanto, perdeu força no cenário de 12 meses, passando de uma alta de 3,3% até julho para 3,1% até agosto.
"Na série histórica da indústria é possível observar que, sempre que tem um movimento de queda, de alguma forma, ele é compensado, no mês seguinte, com crescimento. Desde setembro a dezembro de 2015, não se via dois meses em sequência de resultados negativos", explicou André Macedo, gerente da pesquisa.
Em meios às incertezas quanto ao cenário eleitoral, o desemprego elevado e outros dados negativos, a confiança da indústria fechou o 3º trimestre com recuo, de acordo com a Fundação Getulio Vargas (FGV). Essa foi a primeira queda trimestral em quase 2 anos.
A última pesquisa Focus do Banco Central mostra que a expectativa do mercado nacional é de que, em 2018, a economia cresça 1,35%. Os números são menores do que era esperado no começo do ano.
Mais da metade dos segmentos recuaram
Quatorze segmentos dos 26 ao todo recuaram no mês de agosto. A principal queda foi a do setor de produtos derivados do petróleo e biocombustíveis, que despencou 5,7%. Entretanto, o IBGE complementa a informação afirmando que o setor foi impactado pela "interrupção da produção" em algumas unidades, o que afetou os resultados deste mês.
Os setores de bebidas (-10,8%), de produtos alimentícios (-1,3%) e de indústrias extrativas (-2,0%) também foram destaques negativos, de acordo com o IBGE.
As alas que registraram alta na produção foram os de produtos farmacêuticos (com um bom resultado de 8,3%), equipamentos de informática (com 5,1% e pelo segundo mês consecutivo como bom destaque) e o setor de veículos (com 2,4%), que exerceu a maior influência positiva na formação da média da indústria. A área teve impulso da produção de itens automóveis, caminhão-trator para reboques e semirreboques, caminhões e autopeças.
(Divulgação/IBGE)
