Justiça decide que Petrobras deve rebatizar o 'campo de Lula' no pré-sal

Nome de ex-presidente foi atribuído ao campo, até então denominado Tupi, no final de 2010

(Foto: Divulgação/Petrobras)

Uma decisão judicial feita pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) determinou que a Petrobras terá que rebatizar o "campo de Lula", uma das maiores reservas petrolífera do pré-sal, com o seu nome original — campo de Tupi.

De acordo com o secretário especial de Desestatização do Ministério da Economia, Salim Mattar, o tribunal considerou que o nome do campo gerava "promoção pessoal" para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Decisão acertada", classificou Mattar.

A decisão é resultado de uma ação popular impetrada em 2015 pela advogada Karina Palma. Segundo o documento, a Petrobras e José Sérgio Gabrielli, então presidente da estatal, violaram o princípio da impessoalidade, usando de forma indevida o campo de exploração para homenagear o ex-presidente da República. 

O Portal RedeTV! tenta entrar em contato com o TRF-4 e a Petrobras, e aguarda retorno sobre a decisão.

Campo Lula

Em 30 de dezembro de 2010, a dois dias de o mandato de Lula terminar, a Petrobras atribuiu o nome do então presidente ao campo e oficializou a comercialização da área.

O campo Tupi produziu 1,033 milhão de barris por dia de petróleo e 45,7 milhões de metros cúbicos de gás natural em abril, mantendo-se como maior produtor do Brasil, segundo dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

Para efeitos de comparação, a produção em Tupi já é maior que a oferta total da Venezuela, que ficou em aproximadamente 796 mil barris por dia em 2019, de acordo com números da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep).

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