17/10/2025 20:00:00 - Atualizado em 17/10/2025 20:00:00

Homem descobre câncer em fase metástase após transplante de fígado

Laís Souza Gomes/Redação Rede TV!

Paciente e esposa alegam que não foram informados sobre os riscos da doença pelo hospital

(Foto: Reprodução/Redes Sociais)

Um homem descobriu um câncer no fígado após receber transplante do órgão. Geraldo Vaz Junior, de 58 anos, passou pelo procedimento no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, pelo Sistema Único de Saúde (SUS), em 2023. As informações são do g1.

O paciente descobriu a doença após realizar uma série de exames, sete meses após a cirurgia, que indicaram que o órgão doado originou o quadro raro. Diante do diagnóstico, o receptor procurou o Ministério Público para investigar o centro médico responsável pela coleta e o que teria acontecido, mas não recebeu resposta.

No laboratório, foi realizada uma biópsia que identificou um adenocarcinoma — tipo de tumor maligno — e um teste genético de DNA que identificou que as células cancerígenas pertenciam ao doador do órgão. “Foi devastador. Meu marido recebeu um órgão com câncer. Esperamos por anos para viver um sonho, mas ele saiu de lá mais doente”, contou Maria Helena Vaz, esposa de Geraldo.

Com a descoberta do tumor, ele recebeu um novo fígado, mas seu quadro oncológico já estava avançado, causando metástase no pulmão, estágio em que a doença já não tem mais cura. 

A necessidade do transplante surgiu quando o paciente foi diagnosticado com hepatite C em 2010 e desenvolveu cirrose hepática. Ele ficou na fila de espera até julho de 2023, até receber um novo fígado por meio do Programa Proadi-SUS. Dados sobre o quadro anterior da doadora, a unidade de saúde responsável pelo rastreio e se foi feita alguma investigação não foram divulgados.

Helena e o marido contaram que não receberam informações sobre os riscos de desenvolvimento de câncer com o transplante. “A gente fez muitas perguntas, e as primeiras respostas foram de que não tinha como saber que o doador tinha câncer antes da doação”, iniciou a mulher. 

Segundo ela, o diretor-geral da unidade de saúde teria dito que devido ao baixo risco, o hospital não cita essa informação aos pacientes. “Meu marido estava numa condição difícil, mas não estava entre a vida e a morte na UTI. Ele fazia acompanhamento, estava em tratamento com uma medicação cara, mas estável. Não era um caso desesperador”, desabafou.

Em nota enviada ao g1, o Einstein informou que faz parte do Sistema Nacional de Transplantes (SNT) como centro transplantador, recebe órgãos que já foram examinados pela Central Estadual de Transplantes e realiza exclusivamente o procedimento cirúrgico, conforme os protocolos estabelecidos, ressaltando que, caso exista qualquer suspeita de tumor, o órgão é imediatamente descartado. Já o Ministério Público ainda não se pronunciou sobre o caso.

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