01/08/2018 13:42:00 - Atualizado em 01/08/2018 13:49:00

Autoridades da saúde pedem que americanos parem de lavar e reutilizar camisinhas

Redação/RedeTV!

(Divulgação/CDC)

O Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC , na sigla em inglês), uma das principais agências de saúde pública do mundo, emitiu um alerta à população por meio de sua conta no Twitter. No aviso, a organização, que é ligada ao Departamento de Saúde e Serviços Humanos do governo estadunidense, pediu para que as pessoas "não lavem e nem reusem camisinhas".

"Estamos falando porque as pessoas fazem isso: não lavem nem reusem #camisinhas. Use uma nova a cada ato #sexual", notificou a CDC em tweet. 

A agência também compartilhou um link para uma página com mais informações sobre o uso de de preservativos masculinos e femininos e sobre prevenção de doenças sexualmente transmissíveis, as DSTs, tais como gonorreia, clamídia e sífilis.

O centro não comentou sobre o que teria levado ao alerta, mas os dados mais atuais sobre DST`s preocupam. Mais de 100 milhões de pessoas contraem clamídia a cada ano em todo o mundo. No caso da gonorreia, são 78 milhões de casos, e da sífilis, cerca de 6 milhões, segundo as estimativas mais recentes da OMS.

"Enquanto todas essas três DSTs podem ser curadas com antibióticos, se não são diagnosticadas e tratadas, podem trazer sérias consequências à saúde, como infertilidade, gravidez ectópica (gravidez anormal que ocorre fora do útero), morte do feto e um risco aumentado de transmissão de HIV", de acordo com o site do CDC.

Já no Brasil, o cenário estimado não é muito diferente. Apenas os casos de HIV e de sífilis em gestantes e bebês são notificados ao Ministério da Saúde, porém dados da Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo mostram que as ocorrências de sífilis por transmissão sexual cresceram 603% em seis anos. Em outros estados, como Acre, Pernambuco e Paraná, registram crescimento de 96,1%, 94,4% e 63,1%, respectivamente.


Erros mais comuns

Uma revisão de estudos científicos publicada em 2012 pela CDC identificou alguns erros comuns no uso de camisinha. O reuso do preservativo em um mesmo ato sexual foi identificado como um dos maiores problemas. Segundo a agência, 1,4% a 3,3% dos participantes relatou já ter feito isso.

Entre outras falhas estão "colocar o preservativo no meio do ato sexual" ou "tirá-lo antes de acabar". Não checar se a camisinha está danificada também é apontado como um dos maiores erros.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o uso correto de preservativos reduz em 80% ou mais o risco de uma pessoa pegar DSTs, HIV e hepatite viral. A camisinha também tem 98% de eficácia ,a prevenção de gravidez se usada corretamente.

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