05/08/2022 21:42:00 - Atualizado em 05/08/2022 21:48:00

'Trem-bala' é envolvente e ultraviolento, mas o 'branqueamento' da obra se torna real

Lilian Navarro

Um dos maiores fenômenos editoriais do Japão foi representado nas telonas por Hollywood

(Foto: Divulgação/ Sony Pictures)

Bem-vindos a bordo! A RedeTV! assistiu em primeira mão a nova aposta de ação e comedia da Sony Pictures. Dirigido por David Leitch, o longa ‘Trem-bala’ é baseado em um dos maiores fenômenos editoriais do Japão, o livro escrito por Kotaro Isaka. A adaptação marca a terceira vez que uma obra do autor vai para as grandes telas. 

Com grandes nomes do cinema mundial, como Sandra Bullock (Maria Beetle), Brad Pitt (Ladybug), Joey King (Prince), Aaron Johnson (Tangerine), e uma trilha sonora de arrepiar que traz o clássico ‘Stayin Alived’ de Bee Gees, podemos afirmar que este filme apresenta ultraviolência e muito humor. 

ENREDO!

Em ‘Trem-Bala’, Ladybug (Brad Pitt) é um assassino azarado que após muitos fracassos volta para uma última missão com o objetivo de redefinir esse estigma. Ele é recrutado para encontrar uma maleta no trem mais rápido do mundo e sair na primeira parada, porém, o destino o surpreende e, durante a jornada, ele se encontra com adversários letais de todo o mundo que possuem missões conectadas.

A PRINCIPAL POLÊMICA

Trem-bala é um livro sobre personagens japoneses e também sobre a cultura do Japão. Porém, quando os direitos foram comprados por Hollywood gerou um debate entre os fãs sobre um possível “branqueamento” da obra.

A escolha dos assassinos serem interpretados, em sua maioria, por atores americanos e britânicos foi de fato apoiada pelo autor Kotaro Isaka. Segundo ele, o contexto japonês não é decisivo para o que quer contar e sempre sonhou em vender sua história para Hollywood. 

Em entrevista ao The News York Times, o presidente da Sony Pictures Entertainment Motion Picture Group, Sanford Pitch, também falou sobre a polêmica.

“Honrar sua alma japonesa nos dá um certo conforto, mas ao mesmo tempo o filme não perde a oportunidade de ter grandes estrelas que ajudam a fazê-lo funcionar em escala global", declarou.

Particularmente falando, é entendível o desejo do autor e a estratégia da produtora, porém nada teria impedido de ao menos terem mesclado e garantido uma raiz boa de personagens importantes que representem a cultura japonesa. 

VALE A PENA?

O fim da linha do trem é só o começo nessa viagem que apresenta ação do começo ao fim. Com muita adrenalina, humor ácido e cenas de violência, o filme faz com que o público se envolva na dinâmica da trama.

O longa também traz muitas metáforas que nos remetem à outros filmes e atores. Por exemplo, ‘o filho’ é protagonizado por Logan Lerman, eterno Percy Jackson, e adivinhem só: o nome dele no longa é Percy também. O Ryan Reynolds, que deu vida ao Deadpool, também aparece de uma forma rápida e sútil. Esses momentos de ‘brincadeirinhas’ que relembram personagens de outros longas trazem uma leveza e humor para a trama.

O contexto central é muito bem desenvolvido, mas é importante destacar que a dupla de assassinos chamada ‘Limão e Tangerina’, apelido inusitado e que não nos remete diretamente a criminosos, merecem destaque por serem impecáveis quando o assunto é trabalho. 

Um outro ponto curioso é o mascote ‘Momomon’. Ele é claramente baseado nas criaturas de games da Nintendo e, apesar da fofura, ele é tão brutal quanto boa parte do elenco. 

Por fim, se você curte ser surpreendido por reviravoltas e enredos envolventes, é melhor preparar o coração, porque os filmes clássicos de Leitch são uma ótima opção. E, isso inclui o ‘Trem-Bala’.

NOTA: 4/5

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