08/03/2021 13:38:00 - Atualizado em 08/03/2021 17:56:00

Governo anuncia que Brasil terá 14 milhões de doses da Pfizer até junho

Redação/RedeTV! com Agência Brasil

 A Pfizer é a única vacina que, até o momento, possui o registro definitivo da Anvisa

(Foto: AP) 

A farmacêutica Pfizer irá entregar ao Brasil, até junho deste ano, 14 milhões de doses de sua vacina contra Covid-19, produzida em parceria com o laboratório alemão BioNTech. A Pfizer é a única vacina que, até o momento, possui o registro definitivo da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). 

A informação foi confirmada nesta segunda-feira (8) pelo assessor especial do Ministério da Saúde, Airton Soligo, em conversa com a imprensa no Palácio do Planalto, após videoconferência do presidente Jair Bolsonaro com Albert Bourla, CEO mundial da Pfizer.

De acordo com Soligo, o acordo previsto anteriormente com a Pfizer previa inicialmente dois milhões de doses em maio e sete milhões em junho. Agora, as negociações avançaram para a chegada de mais cinco milhões de doses, que devem ser distribuídas entre os dois meses.

"O que que o presidente da Pfizer garantiu ao presidente Bolsonaro hoje? A antecipação de 5 milhões do segundo semestre para maio e junho. Ou seja, dos 9 milhões que nós tínhamos previstos, se incorporarão mais 5 milhões de doses, passando para 14 milhões", afirmou o assessor.

Ele também contou que antecipação de 5 milhões poderá sair do montante de 10 milhões previstos para o mês de agosto. No total, o Brasil negocia com a Pfizer cerca de 99 milhões de doses até o final de 2021. Segundo Soligo, o intenção do governo é viabilizar a antecipação das entregas.

Ainda de acordo com o assessor especial da Saúde, o governo também negocia a compra de 30 milhões de doses da vacina da Janssen.

“O mais importante dizer que não é apenas a Pfizer. Também tem 30 milhões da Janssen, que o presidente também terá no mesmo objetivo uma reunião nesse sentido", completou.

Negociações

De acordo com o ministro da Economia, Paulo Guedes, a antecipação da entrega de vacinas pela Pfizer foi possível pois a farmacêutica aumentou a sua capacidade de produção de 1,5 milhão para 5 milhões de doses diárias. “E fazendo isso deve haver mais vacina para todo mundo, inclusive para nós”, disse em entrevista à imprensa no Palácio do Planalto, ao lado de Soligo.

As negociações para aquisição de imunizantes com a Pfizer e a Janssen aconteceram depois da aprovação de um projeto de lei que facilitou a compra de vacinas com autorização para uso em caráter emergencial pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) por estados, municípios e por empresas. No caso do setor privado, as doses devem ser integralmente doadas ao Sistema Único de Saúde (SUS) enquanto o público prioritário não tiver sido todo vacinado.

O texto também permite que estados, Distrito Federal e municípios assumam a responsabilidade civil por eventuais efeitos adversos provocados pelos imunizantes, desde que estes tenham obtido registro na Anvisa. Essa é uma exigência feita pela Pfizer/BioNTech e Janssen. A ausência de responsabilização ao laboratório em caso de atraso na entrega ou de eventuais efeitos colaterais do imunizante, entre outras condições, causaram entraves na negociação entre governo e Pfizer.

“Cada um tenta fazer na sua área o melhor possível para o Brasil. E, claramente, nessa negociação anterior com a Pfizer, o problema de escala foi um problema sério. Não fazia sentido 100 mil ou 200 mil doses para um país como o Brasil. Então, o Brasil o tempo inteiro pedindo [fabricação em] escala e eles, por sua vez, pedindo exigências, que, dos dois lados, demoraram um pouco na negociação”, disse Guedes.

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