02/12/2019 06:43:00 - Atualizado em 02/12/2019 07:03:00

Veja quem são os mortos do tumulto em baile funk em Paraisópolis, em SP

Redação/RedeTV!

Ao menos nove pessoas morreram pisoteadas na madrugada deste domingo (1º) após ação da PM na comunidade da Zona Sul da cidade

Ao menos nove pessoas morreram na madrugada deste domingo (1º) em uma confusão durante um baile funk na favela Paraisópolis, zona sul de São Paulo. Três dos mortos eram menores de idade, segundo o Corpo de Bombeiros. Famílias começaram a reconhecer os corpos das vítimas ainda ontem.

De acordo com o Corpo de Bombeiros, os mortos são:

. Gustavo Cruz Xavier, 14 anos
. Marcos Paulo Oliveira dos Santos, 16 anos
. Denys Henrique Quirino da Silva, 16 anos
. Luara Victoria de Oliveira, 18 anos
. Gabriel Rogério de Moraes, 20 anos
. Eduardo Silva, 21 anos
. Bruno Gabriel dos Santos, 22 anos

. Mateus dos Santos Costa, 23 anos
. Homem não identificado 1, aproximadamente 28 anos

A primeira vítima a ser reconhecida foi Marcos Paulo Oliveira dos Santos de 16 anos. A família, que fez o reconhecimento do corpo no Instituto Médico Legal (IML) Zona Sul, não sabia que ele tinha ido ao baile. 


Marcos Paulo, de 16 anos, foi a 1ª vítima da confusão em Paraisópolis a ser reconhecida — (Foto: Reprodução/Redes sociais)

Gustavo Cruz Xavier, 14 anos, foi uma das vítimas da ação da PM em Paraisópolis — (Foto: Reprodução/Redes sociais)


Dennys Guilherme, também adolescente, morreu em confusão na comunidade de Paraisópolis - (Foto: Reprodução/Redes sociais)


Denys Henrique Quirino da Silva é uma das vítimas que morreu após ação da PM na comunidade de Pasarisópolis — (Foto:Reprodução/Redes sociais)

Confusão

Em coletiva de imprensa, o tenente-coronel Emerson Massera, porta-voz da Polícia Militar, afirmou que policiais usaram balas de borracha e bombas de gás lacrimogênio em reação ao ataque inicial de bandidos que atiraram contra as viaturas e seguiram em direção ao local onde ocorria o evento, também conhecido como ‘pancadão’.

A PM informou que cerca de 5 mil pessoas participavam do baile. “As ações só se deram porque os policiais foram atacados”, afirmou o porta-voz da PM. Ele explicou que uma moto com dois indivíduos em atitude suspeita passou por um ponto de estacionamento de patrulhas da Rondas Ostensivas Táticas Metropolitanas (Rotam), do 16º Batalhão da Polícia Militar Metropolitano (BPM/M) que realizavam a Operação Pancadão na região.

Segundo ele, os policiais estavam ali para garantir a segurança das pessoas. Massera acrescentou que, ao serem abordados, os suspeitos não pararam e dispararam contra os policiais.

Os agentes perseguiram os bandidos até o baile funk, quando ocorreu o tumulto. “Na tentativa de abordagem, esses ocupantes da moto fugiram e dispararam contra os policiais. Esse acompanhamento se deu por cerca de 300 metros, quando acabou terminando no pancadão. Os criminosos utilizaram as pessoas que estavam frequentando o baile como uma espécie de escudo humano para impedir a perseguição policial”, detalhou Massera.

Segundo ele, no momento em que os policiais chegaram próximo ao pancadão, em seis motocicletas da Rotam, as pessoas foram na direção dos policiais, “arremessando pedras, garrafas e aí a atuação da polícia acabou sendo uma ação de proteção aos policiais”. Ele disse ainda que os criminosos se misturaram à multidão, “inclusive efetuando disparos de arma de fogo contra os policiais. Nós recolhemos no local pelo menos uma munição de calibre 380 e uma de 9mm que supomos que estavam com esses bandidos”, acrescentou. 

Segundo Massera, na dispersão, algumas pessoas teriam tropeçado. Nove pessoas morreram por ferimentos após terem sido pisoteadas. “Por conta dessa correria que se deu com a chegada dos policiais, em acompanhamento aos criminosos, nove pessoas ficaram feridas gravemente e vieram a falecer. Até o momento a informação é que morreram pisoteadas, não há nenhuma com perfuração de arma de fogo ou algum outro tipo de lesão”, disse o agente.

Das nove pessoas mortas, quatro foram identificadas, sendo uma delas um adolescente de 14 anos. Entre as vítimas, que ainda não tiveram seus nomes revelados, estão oito homens e uma mulher.

Quanto aos suspeitos, a Polícia Militar informou que, com a dispersão, não conseguiu perseguir os suspeitos e que, por enquanto, ninguém foi preso.

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