16/09/2018 08:44:00 - Atualizado em 16/09/2018 09:09:00

Polícia Federal apreende joias e US$ 1,4 milhões em comitiva de vice-presidente da Guiné Equatorial

Arthur Henrique - Redação/RedeTV!


(Divulgação/PF)

Junto a Receita Federal, agentes da Polícia Federal fizeram apreensão de US$ 1,4 milhão e R$ 55 mil em dinheiro e cerca de 20 relógios avaliados em US$ 15 milhões no Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas (SP). A quantia foi encontrada em uma abordagem aos membros de uma delegação da Guiné Equatorial, que chegou ao Brasil nesta sexta-feira (14).

Nessa comitiva estava o vice-presidente do país, Teodoro Nguema Obiang. Ele também é filho do ditador da Guiné Equatorial, Teodoro Obiang Nguema Mbasogo.

A abordagem ocorreu no aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP), após desembarque da aeronave B777-200LR, que tinha a bordo 10 pessoas. O vice-presidente Obiang foi recepcionado e, graças ao seu cargo, não passou por inspeção. Entretanto, sua equipe e o restante da comitiva precisou passar por averiguação da Receita Federal.

De acordo com o depoimento de um dos agentes participantes da operação, a quantia em dinheiro encontrada e os relógios estavam em duas malas. Jóias também teriam sido encontradas com os passageiros. Ao todo, a delegação trouxe 19 malas ao Brasil, além de bagagem diplomática, mas nem a PF e nem a Receita divulgou o conteúdo além do que foi informado.

O secretário da Embaixada da Guiné Equatorial prestou depoimento à Polícia Federal e explicou que o filho de Mbasogo veio ao Brasil para realizar um tratamento médico. A quantia de US$ 1,4 milhão encontrada escondida nas malas seria utilizada em missão oficial posterior nos domínios de Singapura, segundo ele. Os relógios seriam de uso pessoal de Teodoro Obiang Mang.


(Divulgação/PF)

Conforme informações da Polícia Federal, o voo não era uma missão diplomática oficial. Em casos nos quais as viagens têm como status "missão oficial", as malas diplomáticas não podem ser fiscalizadas no destino. No entando, a aeronave em questão trazia malas que não foram categorizadas como "diplomáticas" e precisaram passar por procedimento comum de revista.

A Receita Federal preferiu não comentar o caso. A Polícia Federal afirmou que o caso está sob sigilo diplomático. Já o Itamaraty informa que "se manteve em coordenação permanente com a Receita Federal e a Polícia Federal no acompanhamento do caso, inclusive quanto à adoção das medidas cabíveis”.

Recomendado para você

Comentários