02/08/2019 16:17:00 - Atualizado em 02/08/2019 16:35:00

Polícia encontra ossos de mulher que teria sido morta pelo marido há 25 anos no MT

Redação/RedeTV!

Homem confessou o crime; filhos da vítima não sabiam

Suposta vítima e boletim registrado em 1994 (Foto: Divulgação/Polícia Civil)

Os restos mortais que seriam de Luzinete Leal Militão, uma mulher assassinada pelo marido há 25 anos, foram encontrados pela Polícia Civil do Mato Grosso, nesta sexta-feira (2), após Jairo Narciso da Silva, de 64 anos, confessou o crime. Ela tinha 28 anos quando foi morta pelo companheiro, em 1994.

Na escavação, feita na casa onde a família morava na época do crime, os peritos encontraram uma bolsa e documentos da suposta vítima. A ossada estava em um buraco de 20 centímetros de profundidade e será encaminhada para o exame de DNA, que confirmará a identidade.

Segundo o delegado Ugo Ângelo Rech de Mendonça, em nota divulgada pela polícia, o procedimento foi acompanhado pelo homem que confessou o crime, em depoimento na última terça-feira (30), e pelos filhos da suposta vítima.

“Ele veio até mim quando estava de plantão. Estava com a [atual] esposa, inclusive, e falou que queria confessar a prática de um crime. Até achei que era alguma coisa mais leve. E acabou falando que matou a esposa e enterrou o corpo em um banheiro que era construído anexo a casa”, disse o delegado, que explicou o motivo dado pelo homem para a confissão: "O suspeito disse que resolveu procurar a polícia, pois bateu arrependimento".

A Polícia Civil, então, começou a fazer checagens e confirmou haver um boletim registrado a mão, com caneta azul, comunicando o desaparecimento da mulher. O boletim é datado de 21 de outubro de 1994 e foi feito pelo próprio marido da vítima.

No documento, ele relatou que a mulher sumiu na noite de 17 para 18 de outubro daquele ano e, até a data do registro, ainda não tinha voltado para casa. “Nesse tempo todo vinha falando para os filhos que ela tinha fugido com um amante”, disse o delegado. “Os filhos, agora adultos, ficaram sabendo essa semana”, completou.

Ainda em depoimento, o homem contou que certo tempo depois vendeu o imóvel para outra pessoa. Esse comprador foi identificado e confirmou ter comprado a casa.

Segundo o delegado, Silva não deverá responder pela morte, mas será julgado por outros crimes: "Mesmo que o homicídio tenha prescrito, o crime de ocultação de cadáver é permanente, fato esse que o suspeito poderá ser responsabilizado criminalmente”.

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