12/02/2020 18:51:00 - Atualizado em 12/02/2020 18:54:00

Perícia analisa escudo do Bope danificado em ação contra Adriano da Nóbrega

Redação/RedeTV! com Agência Brasil

Adriano Nóbrega era um dos criminosos mais procurados do Rio

(Foto: SSP/Alberto Maraux)

O Departamento de Polícia Técnica (DPT) da Bahia analisa o escudo do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) danificado durante a ação que cumpria o mandato de prisão contra o miliciano Adriano Magalhães da Nóbrega, no último domingo (9). Em depoimento, os policiais disseram que o equipamento evitou que os agentes fosse atingidos por tiros.

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública, a perícia tenta identificar o material disparado contra o escudo. ”Olhando preliminarmente enxergamos duas marcas provenientes de impactos relevantes. As equipes agora analisarão se existem fragmentos de chumbo ou cobre, presentes em projéteis”, explicou o diretor do DPT, Élson Jeffesson.

Ainda de acordo com o diretor,  a necropsia no corpo atestou duas perfurações por arma de fogo, nas regiões entre o pescoço e a clavícula, além do tórax. "Os resultados dos outros laudos, assim que finalizados, serão entregues ao Departamento de Repressão e Combate ao Crime Organizado (Draco), que apura o caso", completou o perito.

(Foto: Reprodução/Polícia Civil)

Relembre o caso

O ex-capitão do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) da Polícia Militar do Rio de Janeiro, Adriano Nóbrega, foi morto neste domingo (9), no município de Esplanada na Bahia. Nóbrega era investigado por diversos homicídios e era um dos criminosos mais procurados do Rio de Janeiro. Ele também era investigado por envolvimento na morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Franco.

Nóbrega morreu após ser ferido durante uma operação conjunta da Subsecretaria de Inteligência da Secretaria de Estado de Polícia Civil (Sepol) do Rio de Janeiro; e do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), da Companhia Independente de Policiamento Especializado (Cipe) Litoral Norte, do Grupamento Aéreo (Graer) e da Superintendência de Inteligência (SI) da Secretaria da Segurança Pública da Bahia.

Segundo a secretaria baiana, no momento do cumprimento de mandado de prisão, Adriano Nóbrega “resistiu com disparos de arma de fogo e terminou ferido”. Ainda conforme o órgão, o ex-policial chegou a ser socorrido em um hospital da região, mas não resistiu aos ferimentos.

Operação conjunta

De acordo com a Secretaria de Polícia do Rio, há cerca de um ano, o seu serviço de inteligência e o Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (GAECO), do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) vinham investigando o ex-capitão.

“Ao longo deste tempo, os agentes o monitoravam e chegaram ao paradeiro do ex-policial militar na Bahia. A ação foi realizada com apoio operacional do Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar daquele estado”, informou em nota o órgão fluminense.

Segundo a secretaria fluminense, a operação conjunta foi montada para capturar Nóbrega, que era investigado por diversos homicídios e era um dos criminosos mais procurados do Rio de Janeiro. O ex-policial militar foi localizado na área rural do município de Esplanada.

Suspeito armado

A Secretaria de Segurança da Bahia informou em nota publicada no seu site que o foragido foi encontrada com uma pistola austríaca calibre 9 mm. Ainda na operação os policiais encontraram mais três armas na casa.

“Procuramos sempre apoiar as polícias dos outros estados e, desta vez, priorizamos o caso por ser de relevância nacional. Buscamos efetuar a prisão, mas o procurado preferiu reagir atirando”, disse, na nota, o secretário da Segurança Pública da Bahia, Maurício Teles Barbosa.

Também na nota, a secretaria informou que Adriano Nóbrega era investigado por envolvimento na morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson, na noite do dia 14 de março de 2018, no Estácio, região central do Rio de Janeiro.

“O criminoso passou a ser monitorado por equipes da SI da SSP da Bahia, após informações de que ele teria buscado esconderijo na Bahia. Nas primeiras horas da manhã ele foi localizado em um imóvel, na zona rural de Esplanada”, informou a secretaria na nota.

Milícia da Muzema

Em janeiro do ano passado, Adriano foi considerado foragido durante a Operação Intocáveis, desencadeada pelo MPRJ e as polícias Militar e Civil para prender integrantes de uma organização criminosa que agia na zona oeste do Rio de Janeiro. Na época, as investigações apontavam que os integrantes de uma milícia atuavam nas comunidades de Rio das Pedras, da Muzema, da Tijuquinha e adjacências. 

Após a Operação Intocáveis, a promotora de Justiça do MPRJ Simone Síbilio considerou que não era possível fazer a relação entre os integrantes da organização criminosa e as mortes de Marielle e Anderson, mas apontou, que, se no futuro fosse comprovado 

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