05/06/2020 17:38:00 - Atualizado em 05/06/2020 17:41:00

Patrão contratou pela prefeitura mãe de menino morto em prédio em Recife

Redação/RedeTV!

Funcionária consta no portal da Transparência

(Reprodução/Portal da Transparência)

A mãe do menino Miguel Otávio Santana da Silva, de 5 anos, morto após cair do nono andar de um prédio em Recife (PE), foi contratada como funcionária da Prefeitura de Tamandaré. Mirtes Renata de Souza trabalhava como empregada doméstica no apartamento do prefeito Sérgio Hacker Corte Real.

O registro consta no Portal da Transparência do município. A mulher aparece cadastrada como Gerente de Divisão CC6 atuando como Manutenção das Atividades de Administração com Cargo Comissionado desde fevereiro de 2017. O salário era de  R$ 1.517,57 até março de 2020, quando foi reduzido para R$ 1.093,62.

A primeira-dama de Tamandaré, Sarí Corte Real, chegou a ser presa em flagrante pelo crime, após ter deixado o menino entrar sozinho no elevador, mas pagou fiança de R$ 20 mil e foi liberada.

O Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco (TCE-PE) disse em nota nesta sexta-feita (5) que está apurando o caso. O texto ainda diz que o gestor responsável poderá "responder por crime de responsabilidade e infração político administrativa"

Entenda o caso 

A Polícia Civil de Pernambuco indiciou por homicídio culposo (quando não há intenção de matar), Sari Corte Real, pela morte do menino Miguel Otávio Santana da Silva, de cinco anos, que caiu do nono andar de um edifício de luxo na área central do Recife.

Sari é primeira-dama do município de Tamandaré, no litoral sul do estado e era patroa da mãe do garotinho. O acidente ocorreu enquanto a empregada doméstica passeava com o cachorro dos patrões e imagens do circuito interno de segurança mostram a criança sozinha no elevador e Sari na porta. Ela aperta o botão de um andar superior e deixa a criança sozinha no elevador.

Segundo as investigações, a criança teria escalado uma grade de um ar-condicionado e ao avistar a mãe na rua teria se desequilibrado e caído do nono andar. O delegado responsável pelo caso, Ramon Teixeira, considerou que houve negligência. "Com aquele comportamento negligente, nós identificamos, apertar o botão e permitir o fechamento da porta do elevador, infelizmente, a catalização da série de eventos trágicos, na sequência direta dos eventos", afirmou. 

Nota do TCE na íntegra:

O Tribunal de Contas do Estado informa que está apurando o caso da sra. Mirtes Renata Santana de Souza junto à prefeitura de Tamandaré. Após a fiscalização, constatada a veracidade dos fatos, o gestor poderá responder por crime de responsabilidade e infração político administrativa. Na existência de pagamentos por serviços não prestados, as pessoas envolvidas deverão ser chamadas a devolver a quantia recebida. Neste caso específico, o prefeito poderá responder solidariamente, ou seja, terá que também ressarcir os cofres públicos.

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