13/08/2020 08:09:00 - Atualizado em 13/08/2020 08:09:00

Paraná e Rússia assinam acordo sobre vacina contra Covid-19

Redação/RedeTV! com Ansa Brasil

Governo do estado, no entanto, afirma que só vai produzir vacina russa após imunizante passar por todos os testes

(Foto: Erasmo Salomão/Ministério da Saúde)

O governo do Paraná assinou nesta quarta-feira (12) uma parceria com a Rússia para o desenvolvimento da Sputnik V, primeira vacina registrada contra o novo coronavírus em todo o mundo.

Segundo o governo paranaense, o memorando de entendimento é uma espécie de "protocolo de intenções" para que o medicamento eventualmente seja testado e produzido no Estado. No entanto, será preciso de aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Os termos do acordo foram firmados em reunião por videoconferência entre o governador Ratinho Júnior e representantes do Ministério da Saúde, da Anvisa, da embaixada da Rússia e do governo do Paraná.

A partir de agora, será criado um grupo de trabalho para o estado brasileiro ter acesso às informações sobre a vacina. Caso a eficácia da Sputnik V seja comprovada, ela poderá ser aplicada na população.

"A produção só começará após a aprovação de todos os órgãos regulatórios, como a Anvisa e a Comissão Nacional de Ética e Pesquisa. E, claro, com a consonância da OMS, que é fundamental. Não teremos passos apressados, nem vamos queimar etapas. Vamos seguir todas as etapas técnico-científicas necessárias", garantiu o diretor-presidente do Instituto de Tecnologia do Paraná, Jorge Callado, presente na coletiva de imprensa.

Sputnik V no Brasil

A expectativa é de que a fase 3 seja realizada no Paraná. De acordo com o chefe da Casa Civil do Paraná, Guto Silva, a "assinatura foi o primeiro passo dessa relação de confiança".

"Para avançar, a Rússia precisa compartilhar os dados técnicos das fases 1 e 2 da pesquisa com o Paraná, o que eu acho que vai acontecer rápido, e depois os documentos serem submetidos e analisados pela Anvisa", acrescentou.

O secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, Hélio Angotti Neto, afirmou que a pasta pretende usar a primeira vacina que se mostrar eficiente e segura contra o novo coronavírus. Segundo ele, o fato de o governo federal ter fechado parceria com o projeto em desenvolvimento pela Universidade de Oxford e pela farmacêutica AstraZeneca não exclui as outras opções:

"Se há 15 opções de vacina, e essas 15 ajudarem o nosso povo, o governo vai atrás das 15. Não há problema nenhum no fato de ter um acordo com um determinado parceiro que nós fechemos acordo com outros. Não há impedimento nesse aspecto", explicou.

A candidata "Sputnik V" (em referência ao primeiro satélite artificial da Terra) obteve registro na Rússia antes mesmo de iniciar a terceira e última fase de estudos clínicos, considerada a mais importante e na qual se avalia sua eficácia para imunizar seres humanos.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou que o medicamento russo ainda precisa ser submetida a uma avaliação "rigorosa" para comprovar sua eficácia.

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