Operário-MT desiste de contratar o goleiro Bruno após protestos
Redação/RedeTV!400 pessoas - na maioria mulheres - se manifestaram contra a contratação
(Foto: Reprodução/RedeTV)
O time de futebol Operário de Várzea Grande, do Mato Grosso (MT), desistiu de contratar o goleiro Bruno Fernandes após manifestações de torcedores. O clube confirmou o recuo nas negociações na quarta-feira (22) por meio de nota oficial divulgada pela diretoria.
“Viemos comunicar que o Clube Esportivo Operário Várzea-grandense não contratará o atleta Bruno Fernandes das Dores de Souza”, afirmou a nota oficial do clube, em resposta aos protestos dos torcedores na última terça (21).
Enquanto o time se preparava para entrar em campo pelo campeonato mato-grossense, cerca de 400 manifestantes - em sua maioria mulheres -, se manifestaram com faixas e cartaze contra a contratação do Bruno em frente ao estádio municipal Dito Sousa, em Várzea Grande.
Outro fator determinante para a decisão de não contratar o jogador foi a saída de patrocinadores, diante da repercussão negativa. As empresas Sicredi e Martinello, patrocinadoras do campeonato estadual, chegaram a pedir a retirada de suas marcas do uniforme do clube.
À revista ÉPOCA, a Prefeitura de Várzea Grande, outra patrocinadora do clube, informou que aguardaria a definição do orçamento para avaliar a continuidade do apoio. Em nota enviada, afirmou que “não é de sua alçada interferir nas decisões do clube Operário, que é uma empresa privada”.
A decisão da equipe de contratar o goleiro Bruno gera polêmica desde o ano passado, quando a proposta foi feita pelo clube. Nesta semana, a Justiça de Minas Gerais o liberou para morar e trabalhar em Mato Grosso.
Caso Eliza Samudio
Em 2013, Bruno foi condenado há 20 anos e 9 meses pelo homicídio triplamente qualificado de Eliza Samudio, além do sequestro e cárcere privado do filho Bruninho, em 2010. O corpo da vítima nunca foi encontrado.
O goleiro - que defendeu equipes como Atlético-MG e Flamengo - cumpre pena no regime semiaberto desde 2019.
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