Ministério Público quer anulação de júri que condenou Elize Matsunaga em 2016

Elize Matsunaga (Reprodução/RedeTV!)

O júri que condenou Elize Matsunaga em 2016 a quase 20 anos de prisão pelo assassinato do marido (a ré confessou ter baleado e esquartejado Marcos Matsunaga em 2012) pode ser anulado. É o que quer o Ministério Público, que entende que há necessidade de um novo julgamento.

Enquanto isso, os advogados da bacharel em direito defende que a sentença seja reduzida. Os pedidos da promotoria e defesa, chamadas de apelações, devem ser analisados ainda este mês pela 7ª Câmara de Direito Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP).

Para o MP, a pena de 19 anos, 11 meses e um dia é pequena pela gravidade da conduta, motivo e meio que usou. A exclusão de duas das três qualificadoras do assassinato levou os jurados a votarem contra as provas do processo, segundo o promotor José Carlos Cosenzo.

Já a defesa de Elize acredita que o júri que a condenou deve ser mantido, embora peça diminuição da pena para algo em torno de 12 a 14 anos de prisão. Segundo o advogado Luciano Santoro, a cliente “além de ser primária, confessou o crime”. Além disso, a ré alegou ter matado Matsunaga para se defender de agressões do marido.

Antes da decisão do TJ-SP, as solicitações serão analisadas em conjunto por desembargadores, que votarão se atendem o pedido do MP ou dos advogados da ré. Embora as apelações estejam em pauta agora, os processos foram iniciados há mais de um ano, logo após o julgamento de Elize, em dezembro de 2016.