28/01/2021 17:53:00 - Atualizado em 28/01/2021 18:00:00

Médicos acusados de retirar órgãos de criança viva passam por julgamento em Minas Gerais

Redação/RedeTV!

Caso aconteceu em 2000 mas se arrastou até os dias atuais

(Foto: TJ/MG)

Os médicos acusados de remover os órgãos de uma criança viva estão sendo julgados nesta quinta-feira (27) em Belo Horizonte, no estado de Minas Gerais. Ocorrido em 2021 em Poços de Caldas (MG), o Caso Pavesi, como ficou conhecido, chocou a sociedade na época.

O juri negou o pedido dos advogados de defesa para adiar o julgamento. Sendo assim a sessão acontece no Primeiro Tribunal do Júri, no Fórum Lafayette e é presidida pelo juiz Daniel Leite Chaves;.

De acordo com o Tribunal de Justiça de Minas Gerais, os depoimentos de 12 testemunhas já foram colhidos por videoaudiência em Poços de Caldas, com a presença dos advogados dos réus, e há a expectativa de que sejam exibidos durante o julgamento. 

Na denúncia, consta que cada profissional cometeu uma série de atos e omissões voluntárias com a intenção de forjar a morte do menino para que ele fosse doador de órgãos. Estão entre as acusações a admissão em hospital inadequado, a demora no atendimento neurocirúrgica, a realização de uma cirurgia por profissional sem habilitação legal, o que resultou em erro médico, e a inexistência de um tratamento efetivo e eficaz. Eles são acusados também de fraude no exame que determinou a morte encefálica do menino.

A denúncia foi recebida pela Justiça em 2002 e houve sentença de condenação, em primeira instância, em 2010. No entanto, decretou-se a nulidade do processo, a partir das alegações do próprio MP, que colocou em suspeição a atuação do promotor de justiça no julgamento. 

Decisão do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) remeteu o processo para a capital, após pedido de desaforamento solicitado pelo Ministério Público, sob o argumento de que a população de Poços de Caldas estaria corrompida pelo bombardeio midiático do caso. O primeiro julgamento em BH foi marcado para março de 2015, redesignado para abril, e novamente suspenso por causa do julgamento de um recurso especial nos órgãos superiores.

Paulo Veronesi Pavesi tinha 10 anos quando sofreu um traumatismo craniano após cair de 10 metros de altura. Ele foi levado para o hospital por seu pai. No local, ele foi atendido e depois dado como morto. As investigações começaram e constataram a irregularidade no atendimento.

Paulo Veronesi Pavesi (Foto: Reprodução)

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