26/01/2019 09:16:00 - Atualizado em 26/01/2019 09:18:00

"Grupos econômicos com forte lobby insistem em querer afrouxar regras", diz Greenpeace sobre tragédia em Brumadinho

Redação/RedeTV!

(Foto: Divulgação)

A ONG ambiental Greepeace enviou uma equipe para avaliar a situação do município de Brumadinho, na região metropolitana de Belo Horizonte (MG), após o rompimento de barragens da mineradora Vale, na última sexta-feira (25). Mesmo sem novas informações, a entidade publicou um posicionamento sobre a tragédia.

Em nota divulgada no site da instituição, o Greenpeace comparou o desastre de Brumadinho ao de Mariana, ambos em Minas Gerais. "Este novo desastre é uma triste consequência da lição não aprendida pelo Estado brasileiro e pelas mineradoras com a tragédia da barragem de Fundão, da Samarco, em Mariana (MG), também controlada pela Vale".

O comunicado ainda responsabilizou autoridades públicas do Congresso pela tragédia. "Infelizmente, grupos econômicos com forte lobby entre os parlamentares insistem em querer afrouxar as regras do licenciamento ambiental. Não à toa, estamos constantemente alertando que isso significa criar uma 'fábrica de Marianas'”, continuou a nota.

O Greenpeace também justificou por que o desastre não pode ser classificado como um mero acidente. "O Ministério Público Federal e a Agência Nacional das Águas já relataram que muitas outras barragens no país e em Minas Gerais se encontram na mesma situação de grande risco. Por isso, quando casos como este acontecem, não podem ser considerados acidentes, mas crimes ambientais oriundos da ganância e da negligência, que devem ser rigorosamente investigados, punidos e reparados", declara a instituição.

Por fim, a ONG ambiental lembrou os prejuízos para a saúde, meio ambiente e economia que ainda assolam Mariana, três anos após desastre na barragem do Fundão, para cobrar uma atitude por parte do Estado. "A sociedade brasileira não pode continuar sendo atingida por tragédias como essas".

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