Empresa responsável por helicóptero que levava Boechat não tinha autorização para transportar passageiros
Redação/RedeTV!
(Foto: Reprodução/Agência Brasil)
A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) informou, nesta segunda-feira (11), que a empresa responsável pelo helicóptero que levava o jornalista Ricardo Boechat, de Campinas a São Paulo, não tinha autorização para transportar passageiros. Segundo a instituição, a RQ Serviços Aéreos Especializados LTDA só podia realizar trabalhos pontuais, como aerofotografia, aeroreportagem e aerocinematografia.
"Qualquer outra atividade remunerada fora das mencionadas não poderia ser prestada. Tendo em vista essas informações, a ANAC abriu procedimento administrativo para apurar o tipo de transporte que estava sendo realizado no momento do acidente", informa a agência por meio de comunicado.
Boechat participava de um evento em Campinas, onde palestrou pela última vez, e estava com planos de voltar a São Paulo para almoçar com sua esposa, Veruska Seibel. Ainda não se sabe se o jornalista pegou uma carona com o helicóptero ou se o serviço de táxi aéreo foi pago para esse fim.
O acidente
A queda aconteceu aproximadamente ao meio-dia desta segunda-feira (11), em um dos acessos da Rodovia Anhanguera, em São Paulo, abaixo do km 7 do viaduto do Rodoanel. Além de Boechat, o piloto, Ronaldo Quattrucci, também faleceu no acidente.
O acidente aconteceu depois que a aeronave, que estava registrada com a matrículo PT-HPG e era do modelo Bell 206B, tentou decolar na pista da rodovia, mas acabou atingindo um caminhão que seguia pela via. O motorista, identificado como João Adroaldo Tomackeves, de 52 anos, foi resgatado com escoriações leves e não precisou ser levado ao hospital.
Vídeos registraram os destroços do helicóptero em chamas.
