16/10/2018 18:15:00 - Atualizado em 16/10/2018 18:33:00

Delegado e policiais são presos suspeitos de torturar adolescentes no MT

Redação/RedeTV!

(Foto:Reprodução/MPE)

O delegado Edison Ricardo Pick e os policiais civis Woshington Kester e Ricardo Sanches foram presos nesta terça-feira (16) acusados de torturar dois adolescentes e tentar asfixiar um jovem. Os casos teriam acontecido entre janeiro e maio deste ano, na cidade de Colniza, no Mato Grosso. O trio foi detido durante a Operação “Cruciatus” . 

De acordo com a denúncia feita pelo Ministério Público Estadual (MPE), os mandados de prisão foram expedidos pelo juiz Ricardo Frazon Meneguccci, da Vara Única de Colniza. As vítimas estavam sendo investigadas pela delegacia onde os agentes atuam. 

Os suspeitos serão encaminhados para o Centro de Custódia de Cuiabá depois que foram ouvidos na audiência de custódia. 

As denúncias

Uma das vítimas alegou que foi torturada por Kester quando foi preso na delegacia da cidade em maio. Ele já havia dito que foi torturado pelo mesmo policial em outubro de 2017.

Os hematomas foram identificados durante um exame de corpo de delito realizado na unidade prisional para onde o jovem foi levado.

O adolescente disse que foi agredido pelo trio de policiais com socos, tapas e chutes em janeiro. Ele também sofreu uma tentativa de enforcamento com uma sacola plástica.

“Seguraram [a vítima] pelo cabelo, além de colocarem uma sacola na cabeça [dele], com o fito de asfixiá-lo, tal como retratado no popular filme 'Tropa de Elite”, diz um trecho da denúncia feita pelo MPE.

Os policiais teriam ido a casa do jovem para cumprir um mandado de busca e apreensão. No local foram aprendidas pequenas quantidades de maconha.

Uma terceira vítima também disse que sofreu tentativa de enforcamento com um saco plástico. De acordo com ela, os agentes queriam saber onde a droga supostamente estaria escondida.

Durante a audiência, o advogado que acompanhou os policiais disse que os crimes foram cometidos há mais de nove meses e nada indica que os suspeitos poderiam comprometer as investigações caso respondessem o processo em liberdade.

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