Covid-19: prefeitura de SP mostra preocupação com variante Delta
Agência BrasilCapital paulista registra 23 casos da cepa
(Foto: Agência Brasil)
O Secretário Municipal de Saúde da capital paulista Edson Aparecido disse nesta terça-feira (3) que a cidade continua intensificando as ações de prevenção contra a covid-19, principalmente no momento em que há variantes de preocupação em circulação como a variante Delta, identificada inicialmente na Índia. Apesar de destacar a prevalência da variante Gama (anteriormente conhecida como P1) no país, o secretário enfatizou que a Delta já foi identificada em 23 casos de covid-19 no município entre 5 e 27 de julho.
Segundo Aparecido, apesar de os dados disponíveis sobre a transmissibilidade ou gravidade da variante Delta ainda serem limitados com relação às outras variantes, as modelagens feitas até o momento pela Organização Mundial da Saúde (OMS) sugerem taxa de crescimento maior do que as outras variantes circulantes na Índia, o que automaticamente sugere maior potencial de transmissão.
"Em função de todo esse quadro, a Secretaria intensificou as ações e continua reforçando as recomendações de uso correto da máscara, distanciamento social, higienização das mãos e evitar aglomerações. Caso apresente algum sintoma de síndrome gripal, procurar uma unidade de saúde e investigar qualquer caso suspeito por meio de exames clínicos e laboratoriais. Além disso, os casos devem ficar em isolamento por dez dias e seus contatos próximos fazer quarentena por 14 dias", disse.
De acordo com o secretário, todos os que tiverem sinais de contaminação e os que tiveram contato com essas pessoas receberão máscaras N95. Segundo ele, as barreiras sanitárias em terminais rodoviários, de carga e aeroportos continuam. "Vamos distribuir em toda a rede 500 mil máscaras para a contenção da disseminação da variante. Os casos leves e moderados são atendidos e acompanhados pela atenção básica com monitoramento por 14 dias, com avaliação clínica e de oximetria", explicou Aparecido.
Segundo Aparecido, não há evidências de aumento de casos de covid-19 entre crianças e adolescentes, motivo pelo qual não há previsão de implantação de novos leitos pediátricos nas unidades de internação da cidade. "Nós tínhamos 118 leitos pediátricos antes da pandemia e continua esse número, além de outros dez no Hospital de São Miguel e dez de UTI neo-natal em Itaquera. No momento, não temos nenhuma criança ou adolescente com covid internada".
O secretário ressaltou ainda que a cidade continua registrando queda nas internações e nas mortes, mas ainda há estabilidade no número de casos. "A transmissibilidade, que registra aumento de pouco mais de 1%, pode ser fruto da circulação da variante Delta e do momento sazonal com baixas temperaturas, no qual é comum o avanço de casos de síndrome gripal. Por isso é preciso ficarmos atentos, para termos uma transição segura até o final da vacinação total".
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