24/06/2020 16:37:00 - Atualizado em 24/06/2020 16:43:00

Advogada faturou quase R$ 1 milhão dando golpes em clientes, diz Polícia

Redação/RedeTV!

A mulher confessou que não repassava os valores de causas ganhas para os clientes

(Foto: Divulgação/Polícia Civil-MG)

Uma advogada, de 42 anos, de Conselheiro Lafaiete, interior de Minas Gerais, está sendo acusada de embolsar quase R$ 1 milhão dando golpes em seus clientes. A Polícia Civil acredita que ela estaria se apropriando de valores de causas vencidas sem dar satisfações às pessoas que a contrataram e, por isso, foi indiciada pelo crime de apropriação indébita no exercício profissional. 

São pelo menos cinco casos que foram investigados e que, segundo a polícia, as vítimas saíram vitoriosas nas ações judiciais, mas não houve repasse dos valores e nem foram comunicadas de que haviam vencido o processo. Parte dos clientes da golpista é idosa.  

“As vitórias nas demandas processuais eram escondidas dos clientes por parte da advogada, que levantava os alvarás judiciais em sua conta e não repassava os valores aos clientes”, afirmou o delegado Daniel Gomes. Em um dos processos, a advogada ganhou um processo no valor de R$ 814.317,80 e não repassou nenhuma parte desse valor aos seus clientes, que era um casal de idosos, segundo o delegado. 

Em 2003, ela teria dado um golpe parecido, também em uma idosa. A senhora teria feito um pagamento de R$ 10 mil em honorários para que a advogada recebesse um precatório do estado de Minas Gerais, mas somente em 2018 a vítima teria tomado conhecimento de que a advogada já havia recebido, em 2011, o valor de R$43.654,50 referente ao processo. Nenhum real ou informação foi repassado à idosa por sete anos. Outros dois casos parecidos com esse foram investigados e a polícia suspeita que os prejuízos foram de aproximadamente R$ 130 mil. 

A polícia acredita que a mulher tenha feito um número de vítimas maior do que as que foram investigadas, mas, apenas nos casos conhecidos, a advogada se apoderou de quase R$ 1 milhão. A suspeita das autoridades de que essa seja apenas uma parcela do valor dos golpes é justificada pelo tempo de atuação da golpista como advogada: 19 anos. 

A advogada confessou à polícia que dava esses golpes. O motivo? Reformar a sua casa, fazer viagens, gastar em compras e manter a vida luxuosa que levava.

A Justiça determinou o bloqueio de seus bens, suspensão do direito de advogar, bem como a quebra do sigilo bancário. As investigações prosseguem para apuração de possíveis novas vítimas e localização dos valores apropriados.

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