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Pela primeira vez na história, Vaticano julga caso de abuso sexual

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Pela primeira vez na história, o tribunal criminal do Vaticano julga um caso de abuso sexual cometido por um padre dentro da Santa Sé. De camiseta preta, sem esboçar qualquer reação, o padre italiano Gabrieli Martinelli, se manteve em silêncio ao ouvir as acusações numa audiência que durou menos de 10 minutos. 

O religioso, que hoje tem 28 anos, teria cometido abusos sexuais, entre 2007 e 2012, contra um antigo colega, quando os dois frequentavam o seminário da Santa Sé. Ao ler a denúncia, o presidente da corte disse que Gabrieli usava de violência e ameaças, abusando de sua autoridade e aproveitando a relação de confiança como coordenador das atividades dos seminaristas. Gabriele foi ordenado padre cinco anos após os supostos crimes. Ele nega as acusações.

O reitor do seminário à época Enrico Radice também está sendo julgado. Os promotores do Vaticano dizem que ele sabia dos abusos, mas preferiu acobertar o caso.

O escândalo envolvendo o padre Gabriele Martinelli e Dom Enrico Radice era de conhecimento da Santa Sé, como mostram documentos que agora servem de prova para os promotores. Só em 2017, depois de testemunhas e outras duas outras supostas vítimas do padre Gabrieli levarem o caso a público, a alta cúpula da Igreja Católica decidiu aprofundar as investigações, por exigência do papa Francisco. Se a denúncia do ministério público do Vaticano for aceita, a corte do tribunal criminal pode decidir pelas expulsão dos padres e ainda condená-los criminalmente conforme o código penal italiano. A próxima audiência está marcada para daqui a dez dias quando os dois padres serão interrogados.

Publicada: 15/10/2020

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