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A possibilidade de criação de um imposto sobre operações financeiras, parecido com a antiga CPMF, levou à demissão do Secretário da Receita Federal, Marcos Cintra.
Cintra já tinha falado várias vezes que a proposta de reforma tributária que estava sendo elaborada pela Receita Federal incluía a taxação de movimentações financeiras. Mas, na terça-feira (10), durante um evento o secretário-adjunto da Receita, Marcelo de Sousa Silva, deu detalhes sobre a proposta.
O Imposto sobre Transações Financeiras {ITF} seria de 0,2% sobre operações de débito e crédito. Já os depósitos e saques sofreriam uma cobrança, inicialmente, de 0,4%, alíquota que poderia aumentar ao longo do tempo. O argumento é que a arrecadação com o novo imposto abriria espaço para a diminuição dos impostos da folha de pagamento. O que, segundo o governo, estimularia a geração de empregos.
Mas a possibilidade de criar um imposto semelhante à antiga CPMF repercutiu mal. No Congresso, onde a proposta teria que ser aprovada, a notícia caiu como uma bomba. Os presidentes da Câmara e do Senado foram taxativos ao dizer que não há espaço para mais impostos.
Em meio a repercussão negativa, o Ministério da Economia anunciou o pedido de exoneração de Marcos Cintra do cargo de Secretário Nacional da Receita.
Pelo Twitter, Bolsonaro confirmou que a demissão foi um pedido dele. E disse que determinou que a recriação da CPMF e aumento de impostos fiquem de fora da reforma tributária.
Publicada: 11/09/2019