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Colômbia e Argentina punem quem fura isolamento durante pandemia

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Na Colômbia e na Argentina, tentativas de descumprimento do isolamento social imposto pelos governos para conter a transmissão da Covid-19 geraram cenas inusitadas. 

No município de Tuchín, no norte colombiano, a guarda indígena impôs um castigo severo para os infratores da quarentena decretada no país. Quem transita sem motivo pode acabar imobilizado, com os pés presos em uma estrutura de madeira, lado a lado com outros punidos. Segundo o jornal colombiano El Tiempo, o primeiro castigo para quem é pego furando a quarentena é de 20 minutos, mas se a infração se repetir, o tempo pode ser maior.

O próprio prefeito da cidade publicou fotos do castigo em uma rede social e afirmou que, junto à guarda indígena, o exército e a polícia estão punindo as pessoas que não estão cumprindo o isolamento obrigatório. Ele também disse que a punição está contemplada na lei do povo indígena local. A medida não era utilizada há vários anos.

Na segunda-feira (6), o presidente colombiano Iván Duque estendeu a quarentena obrigatória do país até o dia 27 de abril.

Na Argentina, o isolamento obrigatório tinha sido prorrogado para até o final da páscoa, mas nesta quarta-feira (8), o presidente Alberto Fernández disse que deve ampliar ainda mais este período. 

O descumprimento da quarentena também tem gerado cenas inesperadas entre os argentinos. Uma motorista de 40 anos, parada em uma blitz na madrugada de terça, não conseguiu explicar por que estava na rua. A polícia encontrou bebidas alcoólicas no carro e um homem escondido dentro do porta-malas. Segundo a mulher, o rapaz era seu amante. Ela acabou em liberdade, mas ele, que já tinha furado isolamento antes, está em prisão domiciliar.

Publicada: 08/04/2020