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Costureiras vendem máscaras contra a pandemia da Covid-19

Costureiras e pequenos comerciantes viram uma chance de melhorar a renda e ajudar no combate ao novo coronavírus (Covid-19), produzindo e vendendo máscaras.


De férias da empresa onde trabalha, Ana Paula aproveitou o tempo livre para fabricar máscaras. O trabalho é pesado e começa nesta pequena confecção que ela montou em casa. São pelo menos 40 entregas todos os dias. Cada unidade sai por 10 reais. Agora quem quiser pode levar um combo: uma máscara mais um boneco por 50 reais.


O Brás é o principal ponto de venda de tecidos em São Paulo. É onde pequenos empreendedores compram a matéria prima para confeccionar seus produtos. Agora, com as lojas fechadas, encontrar tecidos ficou mais difícil.


O meio de sobrevivência da Maria Helena é a costura. Ela faz máscaras para vender. A grande procura aumentou o preço da matéria prima.


"Uma coisa que eu pagava 9 reais, eu paguei 30 reais.O elástico que era 30, 35 eu paguei 95 reais. Então, dessa forma fica muito difícil um micro empreendedor, uma pessoa que tem um pequeno ateliê, um pequeno comércio de mater o sustento da sua família, da sua casa", diz a autônoma Maria Helena. 


Para Fernando Pimentel, presidente da associação brasileira da indústria têxtil e de confecção, a indústria precisa voltar à atividade para retomar a produção de insumos essenciais, como é o caso das máscaras. "A industria precisa voltar a trabalhar, o comércio precisa voltar a trabalhar com segurança. É preciso organizar paulatinamente esse retorno e, ao mesmo tempo, criar pra ter melhores condições de segurança existam e isso abra espaço para que mercados anteriormente não existiam, tanto na escala industrial, quanto na escala da economia doméstica e familiar", diz ele.

Publicada: 25/04/2020

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