02/06/2022 09:47:00 - Atualizado em 02/06/2022 10:04:00

Elcio Mendonça: "Apesar das limitações, Coréia foi bom teste e mostrou problema defensivo"

Redação RedeTV!

Para comentarista da RedeTV!, duelo com os coreanos mostrou soluções ofensivas, mas também exposição da defesa

(Foto: Divulgação/CBF)

Em um amistoso o que menos importa é o resultado, ainda mais estando tão perto da Copa do Mundo. Analisa-se o desempenho e, principalmente, como a equipe se comporta em situações que poderá encontrar mais à frente.

Neste cenário, o duelo contra a Coréia do Sul se mostrou relevante. Não pela qualidade do adversário, que no Mundial tende a ser o azarão em um grupo com Portugal, Uruguai e Gana, mas porque os coreanos proporcionaram momentos de testes à Seleção, que mostrou soluções positivas, mas negativas também.

Comandada pelo português Paulo Bento, a Coréia não se limitou a defender. Apesar das limitações técnicas (embora tenha um craque como o atacante Son), encontrou espaço para suas transições ofensivas.

Isso porque o Brasil apostou em uma marcação pressão, já no campo de ataque. O que até funcionou bem em diversos momentos, especialmente com Fred se descolando do meio campo para ajudar mais à frente.

Mas é impossível pressionar com perfeição o tempo inteiro, de modo que nem sempre a primeira linha de marcação será eficaz. Isso exige uma defesa mais rápida, capaz de reagir com maior velocidade em caso de ataque adversário. Algo que não funcionou tão bem com Daniel Alves e Thiago Silva.

Contra um rival veloz como os coreanos, a defesa ficou exposta. Algo que pode ser letal diante de adversários com maior qualidade.

Mas nem tudo foi negativo. A intensidade da Seleção funcionou muito bem, conseguindo aplicar um ritmo mais alto.

Richarlison caminhou mais alguns passos em direção à titularidade na Copa. Se entrosou bem com Neymar. Consegue trazer mobilidade sem perder a essência de um atacante. Gabriel Jesus, que se recuperou no final da temporada europeia, também se mostrou uma opção para Tite. 

Paquetá aberto na esquerda no lugar do poupado Vinicius Júnior traz uma opção diferente, de se ter um armador ao invés de um ponta. Mas é algo que só fará sentido com um lateral que suba à linha de fundo, algo que Alex Sandro fez muito bem no amistoso, dando uma assistência e sofrendo dois pênaltis.

Entretanto, diante da grande temporada de Vini Jr. pelo Real Madrid, é difícil imaginá-lo fora do time titular. Ao menos deveria ser assim. 

Mas a melhor notícia, não apenas diante dos coreanos, é o fim da "Neymardependência". O time consegue fluir sem o jogo passar o tempo inteiro por seu camisa 10. Ganha a seleção, com mais opções, e o próprio Neymar, com menos peso para jogar.

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