23/07/2020 23:07:00 - Atualizado em 24/07/2020 00:47:00

Recordista do salto triplo, Jadel Gregório trabalha como treinador de jovens nos Estados Unidos

Douglas Pires/RedeTV!

História de Jadel nos EUA teve início com implantação de projeto social

(Foto: Reprodução/Instagram)

Um dos grandes nomes do atletismo brasileiro, o ex-atleta do salto triplo Jadel Gregório, que fez história em 2007 ao superar o recorde sul-americano de João Carlos de Oliveira, o João do Pulo, hoje vive em San Diego, na Califórnia, onde trabalha como treinador de jovens e consultor para atletas. “Estes saltadores treinam comigo e eu os ajudo na parte técnica. Trabalho aqui como treinador de atletismo e sou contratado para trabalhar somente na temporada de competições”, explicou em entrevista para o Portal da RedeTV!.

Aliás, a história de Jadel nos Estados Unidos começou quando ele iniciou um projeto social, o Jadel Gregório Atividades Forever. “Dava aula para crianças explicando a prática do esporte”, detalhou.

“Eu comecei a trabalhar no middle school e levei esta molecada para competições, batemos recordes em competições aqui também, ou seja, ganhamos durante três anos consecutivos todas as competições do middle scholl. Depois passei para o high school, onde ganhamos também todas as competições no salto em distância e salto em altura, batendo recordes”, explicou.

Depois disso, Jadel iniciou um trabalho de consultoria voltada a saltadores. “São saltadores das universidades daqui. Eles treinam comigo”, explica.

(Foto: Reprodução/Instagram)

Crítico ferrenho do Poder Público brasileiro, o atleta, que teve uma rápida passagem pela secretaria de Esportes no Estado de São Paulo, hoje prefere estar do outro lado: “A política no Brasil é muito truncada. Não consegui implantar projetos então resolvi voltar para os EUA”, declarou.

Na opinião dele, o Brasil até possui atletas com potencial de alto rendimento, mas, em sua opinião, não existem políticas públicas específicas para este tipo de projeto: “O Brasil não tem tradição no salto porque o Brasil não prepara saltadores como deveria. Se fosse tradição, a gente teria saltadores medalhistas a cada cinco anos, mas eles aparecem a cada 30 anos”, disse.

(Foto: Reprodução/Instagram)

História

Jadel foi “descoberto” quando ainda era criança. Ele conta que um certo dia uma professora o viu correndo e lhe fez um convite para praticar atletismo. “Fui para o Sesi de Marília. Lá tomei gosto pela coisa e comecei a competir”, disse.

Ao longo do tempo a brincadeira começou a ficar mais séria. Jadel começou a participar de competições importantes. Foi para São Paulo com o treinador Osmar de Oliveira e lá acabou passando em um teste: “O Osmar ficou comigo até eu passar no teste e depois me levou para São Paulo. Fui morar no Projeto Futuro que era no Ibirapuera”, detalhou.

Em 1998 começou a participar de campeonatos ainda mais importantes: brasileiro, sul-americano, panamericano e assim as medalhas começaram a surgir, bem como os patrocinadores.

A partir daí vieram mais competições internacionais e Jadel já era visto como um grande nome do atletismo brasileiro. Neste período, isso já em 1998, recebeu a primeira carta convite da Universidade de Havard. Anos depois, em 1999 e 2000, o atleta recebeu outras duas cartas. Em 2004, ele já estava em sua primeira olimpíada.

Três anos mais tarde, Jadel se viu diante de um dos momentos mais importantes de sua carreira. Aos 26 anos, obteve um salto de 17,90 metros no GP Brasil Caixa, em Belém e bateu o recorde de João do Pulo: “Foi uma emoção muito grande. Lembro como se fosse hoje. Era um dia de muito calor em Belém do Pará. O estádio estava lotado. Foi recorde de público e teve até volta olímpica, foi massa”, finalizou.

(Foto: Reprodução/Instagram)

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