19/08/2022 19:01:00

A vida após o doping: Longe das quadras, Tandara usa o esporte como instrumento de inclusão social

Weverton Brunno/Redação RedeTV!

Ex-jogadora da seleção brasileira cuida de instituto que atende crianças e adolescentes 

Foto: Divulgação/COB

Tandara foi pega pelo exame antidoping no dia da semifinal olímpica contra a Coréia do Sul. Depois de oito horas de julgamento, a atleta de 33 anos foi condenada pelo Tribunal de Justiça Desportiva Antidopagem por uma substância encontrada no seu corpo chamada “Ostarina”. 

Ela pegou a pena máxima de quatro anos, que a impede de jogar oficialmente até 2025. Mas nem tudo está perdido, ela pode recorrer à corte Arbitral do Esporte (CAS), na Suíça. 

“Sim, a gente já levou para a Suíça. O recurso está sendo analisado e estamos aguardando a decisão do dia do julgamento para que eu me dirija pra lá, seja de forma presencial ou até mesmo online para que eu participe. Faço questão de participar com certeza, porque trata-se da minha vida. Está sendo levado da melhor maneira possível, eu já estou sendo representada. O Dr. Marcelo Franckin segue sendo meu advogado, pois eu acredito no potencial e na responsabilidade dele, por isso eu o escolhi para me defender", explicou Tandara para depois completar.

“Acredito que houve uma condenação injusta, principalmente porque tenho minha consciência tranquila de que eu não ingeri de forma intencional. A contaminação cruzada não foi comprovada, mas todos os meus suplementos que eu estava tomando do período em que foi feita a coleta do exame tinham acabado, então eu não tinha como comprovar através daqueles suplementos, porque eu estava tomando outros, do mesmo segmento, porém de lotes diferentes. Eu tenho minha consciência tranquila de que não foi de forma intencional de forma alguma, principalmente porque eu não arriscaria 18 anos de carreira por um momento”, afirmou.

Foto: Divulgação/COB

Sem poder atuar por conta da punição, Tandara Caixeta encontrou uma maneira de preencher tal vazio e, ainda por cima, ajudar a transformar as vidas de crianças e adolescentes. A jogadora sempre se mostrou focada, e agora segue para ajudar os outros. Assim tem sido sua vida. Nos últimos anos, a rotina da atleta campeã olímpica tem sido bastante corrida, para manter o instituto que leva o seu nome em Osasco.

“O Instituto Tandara Caixeta, realiza ações Sócio Esportivas em todos o território nacional. O esporte e o meio que utilizamos para aproximar pessoas de diferentes realidades sociais e econômicas. Transformando vidas e realidades, capacitando pessoais mais crítica para a sociedade. Para o Instituto Tandara Caixeta, impactar esses jovens é influência de maneira positiva as conexões geradas pelas ações de maneira aberta e benéfica. Tudo na vida traz aprendizados. Quando buscamos aprender com os acontecimentos, nos tornarmos pessoas melhores”, disse. 

“Quem me conhece sabe da minha carreira. Eu fui revelada através de um projeto social, assim como o Cléber, meu marido, também veio de uma comunidade carente, revelado por um projeto social. Ele através do futebol, e acabou tendo despertada a vontade de se tornar jogador de voleibol profissional. Nos conhecemos em 2012 e desde então começamos a amadurecer a ideia de ter uma ONG para ajudar ao próximo, crianças e adolescentes que poderiam estar no mesmo cenário onde nós nos encontrávamos e que através do esporte poderíamos transformar a vida dessas pessoas, do mesmo modo que tivemos nossas vidas transformadas. Fazer o bem sem olhar a quem, não pelo prazer de ser servido e sim de servir. Então acredito que seja um propósito realmente dentro daquilo que a gente deseja e almeja para nossa vida. É um trabalho muito árduo, que requer muita dedicação, mas estamos dispostos com certeza a efetuar exatamente aquilo que nós desejamos”, ressaltou. 

Recomendado para você

Comentários