13/05/2022 17:14:00

Por divisão mais justa de receita, 23 clubes promovem nova discussão sobre criação de liga no Brasil

Redação RedeTV!

Encontro, que envolve times das Séries A e B, acontece segunda-feira (16), no Rio de Janeiro

Os 23 clubes que se manifestaram contra os termos apresentados pela Libra terão um novo encontro na segunda-feira (16), no Rio de Janeiro, quando prometem debater sobre as possíveis mudanças no modelo da liga no Brasil. 

O bloco, entre outras coisas, também defende que a diferença entre o dinheiro recebido pelo maior e menor arrecadador nessas variáveis seja, no máximo, de 3,5. 

Formado por América-MG, Athletico-PR, Atlético-GO, Avaí, Brusque, Ceará, Chapecoense, Coritiba, CRB, Criciúma, CSA, Cuiabá, Fluminense, Fortaleza, Goiás, Juventude, Londrina, Náutico, Operário, Sampaio Corrêa, Sport, Tombense e Vila Nova, o grupo divulgou nota oficial se posicionando contra os termos da proposta para criação da Libra. Estas equipes propuseram que a divisão seja feita da seguinte maneira: 50% repartidos de forma igualitária; 25% por performance e 25% por engajamento.

Para o advogado Luiz Henrique Martins Ribeiro, especialista em direito desportivo, a criação dessa aliança entre os clubes é algo positivo para o futebol nacional: “Vejo que a nova liga é um passo importantíssimo para o aumento e melhora do ambiente do futebol profissional no Brasil. Isso é um caminho que já vinha acontecendo e, agora, com a lei da SAF e a criação da Libra, a tendência é que o Brasil se enquadre no modelo das grandes ligas do mundo e passe, então, a fazer parte desse novo momento do futebol”, disse para depois completar.

“O grande desafio da liga é contemplar todos os interesses e chegar a um ponto médio, a uma versão de negociação que seja possível contemplar de forma eficiente a todos. Acredito que é difícil chegar a um acordo em comum, alguns terão que ceder, senão será impossível. Vejo que no caminho do futebol brasileiro, essa liga já poderia ter acontecido há anos, mas o problema não é fazer a liga, mas sim como dividir o dinheiro dela”, comenta Luiz Henrique.  

O bloco que se opôs às condições oferecidas pela liga argumenta que a Premier League, campeonato nacional mais forte do mundo, distribui 68% da receita de maneira igualitária. Entre os principais torneios pátrios ao redor do planeta, a diferença entre o primeiro e o último colocado não chega a mais de 3,5 vezes. Além disso, os 23 clubes reivindicam que a Série B receba 20% da verba referente a venda dos direitos de transmissão.

“Os grandes países do futebol no planeta, campeões do mundo, como Alemanha, Argentina, Inglaterra e Espanha, já possuem suas ligas. O Brasil é o único dos grandes campeões do mundo que não tem a sua própria comunidade de clubes. Então, esse acordo seria importantíssimo para a estruturação e melhoria do ambiente de negócios do futebol brasileiro de forma geral”, conclui o advogado.

Recomendado para você

Comentários