Ex-jogador recebe anistia e será indenizado em R$ 100 mil após perseguição durante a ditadura
Redação RedeTV/Pedro BrumÍdolo do Atlético Mineiro foi homenageado nesta terça-feira (02) pela Comissão de Anistia do Governo Federal
(Foto: Reprodução/Redes sociais/Atlético)
Nesta terça-feira (02), o ex-jogador de futebol e ídolo do Atlético Mineiro Reinaldo recebeu o perdão da Comissão de Anistia do Governo Federal, em Brasília, pela perseguição política que sofreu durante o período da ditadura militar no Brasil. Além de conceder a anistia ao ex-atleta, o órgão do Ministério dos Direitos Humanos também o indenizou em R$ 100 mil.
Entre os anos de 1978 e 1986, o ex-camisa 9 sofreu retaliações por realizar protestos contra o regime. De acordo com documentos, o ídolo foi monitorado pelo Sistema Nacional de Informações (SNI), órgão ligado ao regime militar responsável por censura, espionagem e outros crimes cometidos contra estudantes e opositores.
Ao falar sobre o que sofreu durante o período da ditadura, Reinaldo mencionou a não convocação para a Copa do Mundo de 1982. “A campanha de difamação e a perseguição política me tiraram muitas oportunidades. Talvez, o exemplo mais evidente seja a não convocação para a Copa de 1982, onde, apesar de o treinador falar em questões físicas, todo mundo sabia que o motivo eram as restrições a meu suposto comportamento fora de campo”, contou durante discurso .
Além de toda a perseguição que sofreu da SNI, o ex-atleta também sofreu diversas pressões dos generais que comandavam e dirigiam a Confederação Brasileira de Desportos (CBD), antiga CBF.
A decisão de conceder anistia a Reinaldo foi aprovada de forma unânime pelos membros da comissão. Em relação à indenização, a relatora Rita Maria de Miranda Sipahi pontuou que o valor será pago de forma integral.
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