20/06/2022 22:10:00

Elcio Mendonça: "No Choque-Rei dos encaixes, venceu quem foi valente"

Redação RedeTV!

Para comentarista da RedeTV!, virada no apagar das luzes premiou ousadia alviverde

(Foto: Divulgação/ São Paulo)

Há quem diga que o tamanho de um evento ou uma festa é medido pela maneira como você se veste para ir. Ninguém vai de bermuda a um casamento ou de agasalho em um jantar de gala.

Você se veste a caráter. Se precisar, aluga uma roupa. Mas vai à altura. No Choque-Rei desta segunda-feira, Rogério Ceni e Abel Ferreira tiraram o terno do armário.

Os dois lados foram ao Morumbi com uma estratégia diferente da usual. E por aí se mede o respeito que um time tem pelo outro, especialmente o Verdão, que vive a sua melhor versão desde a chegada de Abel e, mesmo assim, foi a campo com um sistema tático pensado sob medida no rival.

Não por acaso. Ninguém trouxe mais dor de cabeça ao luso como Ceni em seu retorno ao Tricolor. Em quatro encontros até então, duas vitórias para cada lado. Fresco na memória a última final do Paulistão. Na ida, uma aula tática são paulina. Na volta, talvez a melhor atuação do Palmeiras com Abel.

O que se viu no primeiro tempo foram dois times jogando com 3 zagueiros. Não que isso seja uma novidade para são-paulinos e palestrinos, mas o encaixe espelhado trouxe um desenho diferente ao jogo.

Melhor para o São Paulo, que viu o seu coringa Patrick abrir o placar. O meio-campista teve grande papel tático, sendo o responsável pela alternância entre o 3-5-2 e o 5-4-1. Com posse tricolor, virava um segundo atacante. Sem ela, ajudava a fechar a marcação no meio campo.

Na etapa final, Abel, que não esteve à beira do campo por causa da COVID, abriu mão dos três zagueiros e deixou o Palmeiras mais próximo do seu habitual 4-3-3. Com mais posse e volume, diante de um São Paulo que se limitou a defender, empurrou o adversário e sua linha de 5 defensores, sendo premiado com a virada no final.

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