15/01/2021 17:52:00

11 pessoas são indiciadas pelo incêndio que causou a morte de dez garotos no CT do Flamengo

Redação/RedeTV!

MPRJ indicou responsáveis pela tragédia no Ninho do Urubu

 Homanagem quando incêndio completou um ano (Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil)

O Ministério Público do Rio de Janeiro indiciou onze pessoas na tarde desta sexta-feira (16) pela morte de dez garotos no Ninho do Urubu, CT do Flamengo, em femeeiro de 2019. Os acusados respondem pelos crimes de de incêndio culposo qualificado pelos resultados morte e lesão grave.

O órgão apurou uma série de irregularidades cometidas pelas autoridades responsáveis pelo clube, incluindo o ex-presidente da instituição, Eduardo Bandeira de Mello. A nota divulgada pelo MP diz que o processo ocorre por “descumprimento de normas técnicas regulamentares, ocultação das reais condições das construções existentes no local ante a fiscalização do Corpo de Bombeiros, contratação e instalação de contêiner em discordância com regras técnicas de engenharia e arquitetura para servirem de dormitório de adolescentes”.

O documento ainda completa dizendo que faltaram “inobservância do dever de manutenção adequada das estruturas elétricas que forneciam energia ao aludido contêiner, inexistência de plano de socorro e evacuação em caso de incêndio e, dentre outras, falta de atenção em atender manifestações feitas pelo MPRJ e o MPT a fim de preservar a integridade física dos adolescentes”.

"Assim é que o Clube de Regatas do Flamengo dotou o Centro de Treinamento de investimentos vultosos em infraestrutura entre 2012 e 2019, mas continuou mantendo os jovens atletas da base em contêineres. Tais alojamentos da base não foram registrados como parte do projeto de licenciamento, foram montados em estruturas móveis clandestinas e produzidos sem as devidas cautelas quanto à estrutura de evacuação, luzes de emergência, disposição de portas, gradeamento das janelas e dotação de extintores de incêndio, deixando de observar as cautelas necessárias para a fuga de todos os atletas e a contenção de eventual início de incêndio no alojamento dos mesmos, incrementando o risco do resultado por negligência", relata a denúncia.

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