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Um ano após a onda de protestos que chacoalhou o Chile, os eleitores do país aprovaram neste domingo (25) a convocação de uma Assembleia Constituinte totalmente nova para reescrever a Constituição herdada da ditadura de Augusto Pinochet.
Com quase 100% das urnas apuradas, o "aprovo" aparece com cerca de 78,3% dos votos, contra 21,7% do "rejeito". Além disso, 79% dos eleitores pediram a convocação de uma assembleia totalmente nova, enquanto 21% optaram por um sistema misto, com 50% de constituintes e 50% de parlamentares atuais.
Cerca de 50% dos eleitores com direito a voto participaram do plebiscito. "Os chilenos expressaram sua vontade, escolhendo uma Assembleia Constituinte que terá pleno equilíbrio entre homens e mulheres para redigir uma nova Constituição para o Chile", disse o presidente conservador Sebastián Piñera, que convocou a consulta popular devido à pressão das ruas no fim do ano passado.
"Foi um triunfo da cidadania e da democracia, da unidade sobre a divisão, da paz sobre a violência, e esse é um triunfo dos chilenos", acrescentou. Já na divulgação das primeiras parciais, milhares de pessoas saíram às ruas de Santiago e outras cidades do país para celebrar o resultado.
Os 155 integrantes da Assembleia Constituinte serão eleitos no próximo dia 11 de abril, data das eleições municipais no Chile, com base em critérios de paridade de gênero e que garantam a representação de povos indígenas.
O órgão deve iniciar seus trabalhos em maio do ano que vem, e a Constituição resultante será submetida a referendo popular no segundo semestre de 2022.
Publicada: 26/10/2020