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DESVENDANDO A TECNOLOGIA
Cláudio Boghi é administrador de empresas, analista de sistemas e possui MBA em Tecnologia Educacional. É mestre em administração de empresas e em ciência da tecnologia pela USP. Atua como consultor há mais de 27 anos em tecnologia da informação e em gestão socioambiental.
 
 
postado em 04/11/2019 17h41

Viva a Inteligência Artificial



(Foto: Divulgação)

Já sabemos que a tecnologia tem crescido anos após ano, dia após dia. Entretanto, as principais tendências do futuro não surgiram recentemente, grande parte delas são evoluções de conceitos já existentes no passado. Uma das tecnologias que possui origem a décadas atrás, mas seu crescimento começou a ser mais relevante, e seus usos mais práticos é a inteligência artificial.

A tecnologia por trás da inteligência artificial ainda é considerada nova por muitos, por ainda estar em fase de desenvolvimento.

Suas aplicações, funcionalidades e qualidade vem rapidamente se expandindo, assim como a tecnologia necessária para desenvolver essas inteligências artificiais também vem ficando mais práticas de serem utilizadas e acessíveis.

Empresas estão expandindo os usos da inteligência artificial para aplicações comerciais e industriais, provando cada vez mais que a tecnologia de inteligências artificiais é realmente o futuro das inovações tecnológicas das mais diversas áreas. Hoje já temos acesso fácil a inteligências artificiais em nossos celulares, computadores e diversos outros aparelhos.

Você sabe como que aconteceu o desenvolvimento dessa tecnologia? Conhece a origem das aplicações de inteligências artificiais que temos atualmente, e como essas tecnologias vieram à tona? Não? Você descobrirá hoje a origem e o desenvolvimento dessa impressionante tecnologia.

1964 - Prazer, Eliza!

Por muitos conhecida como o programa precursor da inteligência artificial, enquanto por outros considerada o primeiro exemplo de I.A. criada, a Eliza, programa de linguagem natural criado em meados da década de sessenta, certamente estabeleceu o chão que era necessário para o desenvolvimento das tecnologias focadas em inteligências artificiais.

A Eliza era um programa criado para demonstrar a superficialidade da comunicação entre máquinas e humanos, e ela simulava conversas utilizando enquadramento em padrões e uma metodologia de substituição para dar a ilusão de compreensão por parte do programa. No entanto, a Eliza não tinha nenhuma contextualização dos eventos programados.

A interação com a Eliza era feita baseada em scripts, onde o usuário conseguiria seguir as regras e direções necessárias para manter a interação acontecendo. Apesar de ter sido desenvolvida para demonstrar quão superficial é a relação e comunicação entre homens e máquinas, seu criador Weizenbaum ficou surpreso ao ver quantas pessoas atribuíram sentimento as conversas.

Muitos acadêmicos acreditavam que o programa seria capaz de auxiliar e influenciar na vida de pessoas, principalmente as que possuem problemas psicológicos e poderia auxiliar médicos no tratamento de diversos pacientes. Graças a essa atenção do mundo acadêmico, se começou mais pesquisas sobre inteligência e desenvolvimento de compreensão das máquinas.

Assim, foi fundamentado o caminho para se buscar mais evoluções na área de inteligência artificial. O mundo acadêmico via um grande potencial para o seu uso, no mínimo, como software de computador capaz de compreender a fala ou intenção humana e desenvolver funções a partir disso, e assim, a  I.A. começou a ser desenvolvida para os mais diversos fins após isso.

As aplicações de inteligências artificiais foram tantas que chegaram até a começar serem usadas em softwares ligados a lazer, como jogos de xadrez, dama e cartas com inteligências artificiais de variados níveis.

90’s - Campeão de Xadrez e melhor amigo do homem

O uso de inteligências artificiais em jogos começou graças a um inusitado encontro em uma festa. O campeão escocês de Xadrez lá encontrou o inventor do termo “inteligência artificial”, John McCarthy. John desafiou Levy a uma partida de Xadrez, onde foi derrotado sem muita dificuldade. Esse evento, no entanto, fez John deixar uma ameaça a Levy.

“Em 10 anos, computadores terão sucesso onde eu falhei” era o que John dizia, desafiando Levy a competir contra inteligências artificiais. Levy não levou muito a sério, e em meio a gargalhadas apostou 500 dólares, prometendo pagar se fosse derrotado por um computador em Xadrez até o ano de 1979. Esse foi o nascimento da épica batalha entre homem e máquina nesse competitivo jogo.

Levy apostou 500 dólares em uma época onde muitos, incluindo McCarthy, viam a rápida evolução das máquinas e um potencial para superar facilmente seres humanos em suas capacidades tradicionais de raciocínio. Levy levou a melhor na aposta, mas certamente porque apostou durante o período correto.

Em uma melhor de 5, Levi empatou a primeira partida, ganhou duas seguidas, perdeu a quarta e ganhou a última. Ficou conhecido como o melhor sobre “cérebros eletrônicos”, isso tudo em 1978. Se manteve invicto por 21 anos, até perder oficialmente em uma série de jogos promovida pela Sociedade Britânica de Xadrez em 1989, onde perdeu para o programa Deep Thought.

Chegando agora nas eras atuais, a capacidade de cálculo de movimento de computadores ficou tão boa que nenhum enxadrista consegue mais derrotar essas máquinas em um torneio. Mas a evolução da Inteligência Artificial não ficou limitada ao xadrez. Pelo contrário, essa tecnologia está cada vez mais presente em nossas vidas, podendo até nos auxiliar em tarefas do cotidiano.

Anos 2000 e as Assistentes virtuais!

Imagine, enquanto está em casa fazendo suas tarefas, obrigações ou lazeres, conseguir agendar compromissos, colocar sua música favorita para tocar, e ainda fazer um pedido de compras pela internet, tudo pela voz.

Esse é o conforto oferecido pela assistente virtual Alexa, que conectada junto a Internet das Coisas pode permitir muito mais que isso!

Inteligências artificiais estão cada vez mais invadindo nosso cotidiano. Boa parte dos Smartphones atualmente possuem uma assistente virtual com diversas funcionalidades, com a possibilidade de pedir direções, tirar dúvidas variadas, agendar compromissos e horários, fazer pesquisas, tudo diretamente comandado por sua voz.

Graças a ascensão das tecnologias de conectividade e rastreabilidade, temos cada vez mais o uso de aparelhos com Inteligência Artificial própria na vida, nos proporcionando um grande conforto e praticidade em diversas tarefas que fazemos diariamente. A Internet das coisas também facilitou na popularização do uso de inteligências artificiais em nosso cotidiano.

Até a próxima!

 

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