O que seu provedor precisa saber de equipamentos para fibra óptica

(Foto: Reprodução)

Para iniciar a oferta de serviços de banda larga os provedores precisam fazer algumas aquisições obrigatórias e um investimento muito importante são os equipamentos para fibra óptica. Essa tecnologia tem ganhado importância e vem substituindo as redes tradicionais, representando atualmente 18% dos acessos fixos à internet, segundo dados da Anatel de agosto de 2019.  

Abaixo, estão os aparelhos essenciais para trabalhar com fibra óptica e que são essenciais para os provedores.

OLT - O Optical Line Terminal concentra os fluxos de dados e serviços, sendo um dos equipamentos mais importantes em redes FTTx (“Fiber to the x” é um termo genérico para uma arquitetura de rede de banda larga através de fibra óptica para substituir por completo ou parte do lance local de cabeamento metálico ou coaxial habitualmente utilizado para telecomunicações). Sua função é enviar as informações para as ONTs e receber as informações provenientes delas também. O equipamento recebe ainda dados do link de internet do provedor ou outros serviços que podem vir de seu roteador de borda (Este roteador no geral opera com protocolo BGP (Border Gateway Protocol) e efetua a conectividade entre provedores ou grandes organizações). 

ONU - Também chamado de Optical Network Terminal (ONT), o Optical Network Units, é o aparelho onde os sinais ópticos transformam-se em sinais elétricos para uso nas instalações do cliente. Existem vários modelos de ONUs, desde os mais simples, com apenas uma porta Ethernet, até os com Wi-Fi, Ethernet e voz.

DIO - O Distribuidor Interno Óptico é o dispositivo responsável pela acomodação e proteção das fibras do cabo de backbone. O DIO também faz a interface entre o cabo de backbone e as extensões ópticas que geralmente são conectadas na OLT ou em conversores de mídia. Geralmente fica alocado em rack 19” do provedor. 

CEO - As Caixas de Emenda Óptica foram desenvolvidas para abrigar e proteger as emendas para distribuição e derivação do cabeamento óptico do cabo de backbone. Esses equipamentos podem ser instalados em posições verticais ou horizontais.

CTO - Caixa de Terminação Óptica e atende células de 8 ou 16 assinantes com suporte a adaptadores ópticos. O dispositivo deve ser instalado nos postes e sua comercialização pode ser com ou sem splitters. Caso o provedor opte por comprar deve adquirir separadamente o splitter para utilizar junto a CTO. 

Conector de fibra - Os conectores ópticos são dispositivos que servem de interface entre a conexão da fibra óptica de um cabo com os dispositivos de uma rede óptica, fazendo a conexão entre os cabos a splitters, adaptadores, PTOs, ONUs etc. Também têm a função de ligar equipamentos passivos, e unir dois meios através do processo de emenda por conectorização.

Adaptador de fibra - São componentes que têm a função de unir dois conectores, fazendo com que o sinal óptico fique preciso. Eles também são utilizados em elementos da rede como equipamentos, distribuidores internos ópticos, caixas de emenda, pontos de terminações ópticas, elementos passivos de redes (PON), sendo responsáveis pela interligação do cabo óptico instalado nesses dispositivos.

Splitter - Muito importantes para o início da oferta de serviços de um provedor, os splitters são componentes passivos de uma rede óptica que têm como finalidade dividir o sinal óptico, permitindo a topologia P2MP (ponto-a-multiponto), o que aumenta a ramificação da rede e deixa-a com mais capilaridade.

Cabo de backbone - Toda rede FTTx necessita de cabos ópticos troncais para funcionar, chamados de backbone. Eles são considerados a “espinha dorsal” da rede, por ser onde passam os dados de todos os usuários.

Cabo drop - São os cabos utilizados para o acesso ao assinante. A fibra ideal para se trabalhar nos cabos drop é a do padrão ITU-T G.657A2, que possui um raio de curvatura ideal para utilização em dutos apertados ou congestionados. É importante ressaltar que os cabos de atrito reduzido e LSZH (Low Smoke Zero Halogen - Baixa Fumaça e Zero Halogênio), são mais seguros para a operação. Os cabos LSZH durante o processo de queima apresentam baixa emissão de fumaça e não geram gases tóxicos. Assim, minimiza-se os principais fatores de risco às pessoas.

OTDR - O OTDR (reflectômetro óptico no domínio do tempo) é um instrumento de medição e serve tanto para realizar a validação de uma rede quanto para identificar um rompimento no cabo óptico. Sua principal função é testar a capacidade de transmissão de luz de uma fibra óptica e determinar a localização de problemas existentes. O equipamento também valida a perda dos componentes instalados na rede e verifica se eles estão atendendo aos padrões esperados. 

PTO - O Ponto de Terminação Óptica (PTO) serve para o acabamento do cabeamento no usuário final residencial. É uma roseta óptica (é uma caixa de atendimento óptico ideal para a instalação em residências) para parede que permite a conexão de um ou dois adaptadores ópticos.

Extensão óptica - São cabos de fibra óptica conectorizados para uso interno. Esse equipamento recebe o conector em apenas uma das extremidades e é utilizado como opção para inserir conectorização ao cabeamento óptico.

Cordão óptico - São cabos de fibra óptica pré-conectorizados em ambas as extremidades. Podem ser fornecidos com duas fibras (duplex) ou uma fibra (monofibra/simplex), tanto para fibras multimodo como monomodo. Sua aplicação mais comum é a interligação de equipamentos ópticos com os acessórios de terminação dos cabos, tais como os DIO’s ou equipamentos ativos de rede.

Realmente, são muitas ferramentas e equipamentos para que um provedor possa ajudar pessoas com seus serviços.

Até a próxima!

Fonte: Cianet e Boghi Soluções em TI.