(Foto:Reprodução/How-To Geek)
A próxima geração das redes móveis de internet começou a dar seus primeiros passos, ainda que de forma bastante limitada e apenas em alguns países do mundo. Porém, ao contrário do que muita gente pensa, o 5G não está chegando para permitir você baixar um filme no seu celular em segundos. Descubra o que é 5G e para o que ele serve.
O que é 5G?
O 5G é a quinta geração das redes móveis, que vem sendo desenvolvida desde os anos 2000, para ser a sucessora da rede 4G. Ela promete maiores velocidades de conexão e download de dados, entre 600 Mb/s a até 2 Gb/s. Após vários anos de desenvolvimento e especulações, entrou em operação em 2019, ainda que de forma bastante limitada.
Velocidade, latência e cobertura
O 5G, em teoria, é mais veloz do que o atual 4G. As velocidades máxima e média aumentaram consideravelmente desde o 2G, a primeira rede digital, lançada nos anos 1990 (a rede 1G era analógica). É importante notar que o 4G ainda vem sendo aperfeiçoado e pode vir a atingir velocidades maiores do que as apresentadas hoje.
A latência, por sua vez mede o tempo que leva entre um comando executado por você em seu aparelho até ele ser enviado pela rede e executado. Usando um jogo online como Fortnite, seria o tempo entre você tocar na tela e o personagem realizar a função correspondente na partida. Além do benefício para jogos, uma menor latência é importante, por exemplo, para gerenciar veículos autônomos ou para operar IoT (Internet das Coisas) e robôs remotamente em tarefas complexas, como cirurgias. O 4G hoje tem uma latência média de 50 milissegundos, enquanto o 5G promete algo em torno de 5 ms.
Por fim, a cobertura. Tomando o Brasil como exemplo, o 4G está presente em mais de 90% dos municípios e o sinal é suficientemente forte para celulares. Em contrapartida, o 5G possui uma área de cobertura menor. Hoje, uma antena cobre menos que um quarteirão. O sinal geralmente opera em ondas milimétricas de baixa penetração, que podem ser facilmente barradas por uma simples porta de vidro. As operadoras
deverão investir, instalando mais antenas e estudar meios para aumentar a eficiência do sinal.
Onde já tem 5G?
Os primeiros países a operarem redes 5G são:
· Coreia do Sul
· Estados Unidos
· China
· Suíça
· Reino Unido
· Espanha
· Japão
Para que o 5G serve?
Muita gente pensa que a meta do 5G é oferecer uma maior velocidade de conexão de dados para celulares. Mas, sendo sincero, a grande maioria não fará grande uso e nem terá condição de pagar por planos 5G de 2 Gb/s, que no início serão bem caros. A velocidade é muito grande para o usuário médio e as redes acabariam subutilizadas.
A verdade é que o 5G está sendo projetado para a realidade da Internet das Coisas. Hoje, temos cada vez mais dispositivos inteligentes conectados à internet, de geladeiras e microondas, de smartwatches a vestíveis.
Enquanto a maioria desses aparelhos usam hoje a rede doméstica, com o passar dos anos, novos dispositivos poderão se beneficiar ao estarem conectados à internet o tempo todo. Como carros, semáforos, servidores de órgãos públicos, sensores especializados, equipamentos médicos, drones, equipamentos para funções especializadas, sistemas de segurança e até mesmo residências e edifícios inteiros, que poderiam contar com sensores capazes de analisar a informar condições estruturais.
O 4G não foi projetado para o crescente número de aparelhos compatíveis com a Internet das Coisas, que crescem exponencialmente e, segundo estimativas, podem se tornar bilhões, trilhões nos próximos anos. Assim, o 5G seria uma rede de transição para suportar tais dispositivos, que precisam enviar e receber dados o tempo todo.
E, por quê transição? Porque a evolução natural desse cenário leva às cidades inteligentes: pense em municípios totalmente conectados, em todos os aspectos de nossas vidas. Agora, amplie isso para províncias, estados, países, continentes inteiros.
O 5G seria o primeiro passo para dar suporte à integração e crescimento da IoT, preparando o terreno para o 6G, que embora só deva chegar em torno dos anos 2030, estudiosos preveem que deverá fornecer velocidades de conexão em torno de 1 Tb/s.
No Brasil, o leilão realizado pela Anatel na primeira semana de novembro de 2021, foi o primeiro passo para a implementação dessa rede no Brasil. Grandes cidades do País já deverão ter acesso à rede até julho de 2022.
Até a próxima!
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