Deepfakes são, essencialmente, identidades falsas criadas com o deep learning
(Foto: Reprodução)
A distopia, também conhecida como antiutopia, é um conceito filosófico adotado por vários autores e expresso em suas criações ficcionais, nas quais eles retratam uma sociedade construída no sentido oposto ao da utopia, que por sua vez prevê um sistema perfeito, um estado ideal, onde vigora a máxima felicidade e a total concórdia entre seus cidadãos. A pergunta que não quer calar: será?
Principalmente nas Redes Sociais, estas pessoas não existem: são “criadas” por Inteligência Artificial. Fotos, vídeos e textos muito verossímeis multiplicam os riscos de manipulação total. Emerge imenso problema: como regular a ciência, em meio à crise civilizatória?
Deepfakes são, essencialmente, identidades falsas criadas com o deep learning (aprendizagem profunda, por meio de uso maciço de dados), por meio de uma técnica de síntese de imagem humana baseada na inteligência artificial. É usada para combinar e sobrepor imagens e vídeos preexistentes e transformá-los em imagens ou vídeos “originais”, utilizando a tecnologia de GAN (Generative Adversarial Network, ou rede geradora antagônica)
Essa combinação de vídeos existentes e “originais” resulta em vídeos falsos, que mostram uma ou algumas pessoas realizando ações ou fazendo coisas que nunca aconteceram na realidade. Em 2019, também estamos vendo uma explosão de faces fake, através das quais a IA é capaz de conjurar pessoas que não existem na realidade, e que têm um certo fator de fluência.
De maneira fascinante, o engenheiro de software da Nvidia, Philip Wang, criou um website demonstrando a potência da técnica GAN para gerar imagens de pessoas falsas. Você pode conferir neste endereço:.
O site gera imagens baseado em um novo método de StyleGAN, desenvolvido pela Nvidia, que torna possível treinar o sistema para construir imagens artificiais de alta qualidade, com resolução de até 1024×1024 pixels.
O perigo dos deepfakes representa um novo tipo de ameaça à cybersegurança, na qual o que pode ser feito está muito à frente de como combatê-lo. Essas redes geradoras antagônicas (GANs), desenvolvidas pelo Nvidia, poderiam ser facilmente classificadas como uma má utilização do deep learning, se tais corpos regulatórios existissem.
Em 2019, não apenas sua identidade pode ser roubada, você pode ser enquadrado, difamado e ser vítima de farsantes com os vídeos deepfake, que podem ser difíceis de se provar falsos. Você pode sofrer golpes, fraudes e ficar vulnerável online, e o inimigo seria a inteligência artificial.
Pois é caro leitor, se não tivermos uma regulamentação pesada sobre a Inteligência Artificial (IA), e isso precisa ser rápida, muitos perigos surgirão.
Vamos esperar com cautela e dar um voto de confiança as pessoas do bem que trabalham por uma Inteligência Artificial mais justa e honesta.
Até a próxima!
Fonte: Outras Palavras (https://outraspalavras.net)
|