Homem suspeito de jogar esposa do 10º andar é preso em São Paulo
O caso ocorreu no dia 29 de novembro e o marido alegava ser suícidio
(Foto: Reprodução / Redes Sociais)
A Polícia Civil de São Paulo prendeu nesta terça-feira (9) Alex Leandro Bispo dos Santos, principal suspeito de ter assassinado a esposa, Maria Katiane Gomes da Silva, de 25 anos, ao jogá-la do 10º andar de um edifício na Zona Sul da capital paulista. O caso, inicialmente registrado como morte suspeita, evoluiu para investigação de feminicídio com a detenção de Alex, que nega a autoria e alegava suicídio.
O crime ocorreu em 29 de novembro. A versão inicial apresentada pelo suspeito era de que Maria Katiane havia cometido suicídio após uma discussão. Contudo, a análise de depoimentos de testemunhas, imagens de câmeras internas do apartamento do casal e outras contradições levantadas pela investigação levaram as autoridades a considerarem Alex o principal suspeito.
No dia da queda, a Polícia Militar e o SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) foram acionados por vizinhos que relataram ter ouvido um grito e, em seguida, o barulho da queda. As equipes encontraram Maria já sem vida no térreo, e o marido, Alex, estava abraçado ao corpo, sustentando a tese de que a esposa se havia jogado após uma briga.
Em seu depoimento, o suspeito afirmou que a discussão do casal teria ocorrido após retornarem de uma festa, motivada pelo desejo dele de passar a noite com o filho de outro relacionamento antes de uma viagem. Ele relatou que Maria teria descido e subido diversas vezes para buscar pertences no veículo antes de se trancar no banheiro. Posteriormente, já no quarto, ele disse ter ouvido um “grito agudo seguido de um barulho” e encontrado a esposa caída no solo.
No entanto, a polícia recolheu câmeras internas do apartamento para perícia, cujas imagens se mostraram cruciais para a nova dinâmica dos fatos. Um vizinho relatou à polícia que, embora a vítima estivesse emocionalmente alterada, possivelmente devido ao consumo de álcool ou entorpecentes, não havia presenciado agressões. Outra testemunha mencionou ter escutado um grito e, na sequência, o impacto, encontrando Maria Katiane já no chão com o marido tentando reanimá-la.
Os elementos colhidos pelo DHPP (Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa) e os desdobramentos da investigação levaram à solicitação de prisão por parte da Polícia Civil, acatada pela Justiça. Com o decreto de prisão preventiva, o suspeito deve ser submetido a novas oitivas.
O material pericial, incluindo laudos do IML (Instituto Médico Legal) e o conteúdo das câmeras de segurança, será incorporado ao inquérito para o esclarecimento definitivo da dinâmica e autoria do crime. O caso segue sob investigação do 89º Distrito Policial em conjunto com o DHPP.
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