Preso suspeito de envolvimento no assassinato de Marielle Franco
(Foto: Divulgação)
Foi preso na tarde de terça-feira (29) Thiago Bruno Mendonça, conhecido como Thiago Macaco, em Del Castilho, na zona norte do Rio. Ele é suspeito de matar o colaborador do vereador Marcello Siciliano (PHS), Carlos Alexandre Pereira, e também foi citado por uma testemunha-chave da investigação sobre a morte da vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Pedro Gomes, segundo informações do jornal O Globo.
Em depoimento às autoridades, a testemunha, que é um ex-miliciano, garantiu Thiago estaria ligado ao chefe da milícia de Boiúna, Orlando de Curicica, que está preso. Os dois teriam participado da execução de Marielle, que, de acordo com a publicação, estaria atrapalhando os negócios do grupo na região.
A testemunha ainda apontou que Thiago teria clonado a placa do carro usado para perseguir Marielle e cometer o crime. Por conta disso, a polícia ainda não conseguiu localizar o veículo encontrado pelos criminosos.
Apesar das conexões entre os depoimentos, a Divisão de Homicídios da Capital informou que ainda não há nenhuma ligação estabelecida entre os casos.
Siciliano foi apontado como mandante da execução da vereadora, mas negou as acusações. Até o momento, uma pessoa foi presa pela morte de Carlos Alexandre.
O caso
(Foto: Reprodução/Facebook)
Marielle foi morta após participar um evento que reunia jovens negras, na Lapa, no centro do Rio, na noite de 14 de março. Ela estava com a assessora e o motorista do carro, Anderson Pedro Gomes, que também faleceu, quando o veículo foi emparelhado foi outro e alvejado por ao menos 13 tiros.
A vereadora foi atingida por quatro tiros na cabeça. Anderson, que era casado e tinha um filho pequeno, recebeu pelo menos três disparos nas costas.
Marielle, de 38 anos, era uma conhecida ativista do movimento negro, defensora de minorias sociais e crítica da violência policial no Rio, além de ter sido a quinta vereadora mais votada nas eleições de 2016. Desde 28 de fevereiro, ela atuava como relatora de uma comissão da Câmara dos Vereadores criada para fiscalizar a intervenção federal no Rio.