Relembre por que Drogba foi um dos responsáveis pela demissão de Felipão no Chelsea
Luiz Felipe Scolari durou apenas sete meses no Chelsea, de junho de 2008 a fevereiro de 2009, e um dos principais pivôs de sua saída foi Didier Drogba, atualmente com 38 anos e sonho do Corinthians para a temporada 2017. De acordo com Thierno Seydi, empresário do centroavante, Felipão foi demitido porque não conseguiu lidar com o marfinense.
[leiamais]"Um deles tinha que partir, e o Chelsea decidiu romper com Scolari. Eles disseram que Didier fez história no clube, e ainda teria muito mais a oferecer", disparou Seydi ao jornal senegalês "L'Observateur" na ocasião. O agente falou ainda sobre a decisão de Felipão em colocar Drogba no banco de reservas no clássico contra o Manchester United: "O fato de ele ter sido deixado no banco não teve nada a ver com o futebol, foi apenas um problema entre dois homens que não podiam trabalhar juntos".
Em sua biografia lançada em 2015, o ídolo do Chelsea e da Costa do Marfim relata que ouviu de Felipão em janeiro de 2009 que nunca mais jogaria nos Blues sob o seu comando. O técnico afirmou ainda, segundo Drogba, que pretendia contratar Adriano 'Imperador', então na Inter de Milão, para a posição.
"Quando deixei a reunião com Scolari, a primeira coisa que eu fiz foi ligar para o senhor Abramovich (magnata russo dono do Chelsea) e explicar a situação. 'Não, você não vai para lugar nenhum. Quem está dizendo que você vai sair?', foi a resposta que ouvi do Abramovich'", relembrou Drogba no livro.
"Roman Abramovich estava certo em manter Didier, porque o time está vencendo desde que ele voltou a ser utilizado", comemorou Thierno Seydi na época. Já Drogba disse que estava "chocado" com a demissão de "Big Phil", apelido que Felipão ganhou na Inglaterra. "Por causa dos meus problemas com o joelho e do que aconteceu com o técnico eu realmente quero dar a volta por cima e deixar claro que vou ficar no Chelsea", declarou ao jornal britânico "The Guardian".
Vale lembrar que jogadores como Drogba, o goleiro Peter Cech, o zagueiro John Terry e o meia Frank Lampard eram considerados os "reis" do time naquele período. "No Chelsea havia 22 reis", escreveu Drogba em sua biografia intitulada "Commitment" (Compromisso, em tradução livre).
Felipão comandou os Blues em 41 partidas com 24 vitórias, 12 empates e cinco derrotas: aproveitamento de 68,3%. Os números, inclusive, eram superiores aos 63% dos pontos conquistados pelo treinador à frente da seleção portuguesa.
"Scolari trouxe muita coisa positiva desde que chegou, mas com sentimento de tristeza, informamos que nossa relação acabou cedo. Infelizmente os resultados e as performances do time vieram se deteriorando com o passar do tempo nessa temporada. Para mantermos o desafio de conquistar títulos e seguirmos competitivos, fizemos a opção de mudar nesse momento", foi o texto escrito no site do Chelsea no dia da demissão.
"Agradeço a oportunidade de ter trabalhado no Chelsea e no futebol Inglês. Foi uma experiência muito valiosa. Lamento que a convivência com todos não tenha sido duradoura. Desejo sorte para o Chelsea nas três competições que está disputando", lamentou Felipão, que tinha um ano e meio de contrato com os Blues, em comunicado divulgado por sua assessoria de imprensa.
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