(Foto: reprodução/Instagram)

Maria Bopp, que está no ar como a garota de programa Bruna Surfistinha em uma série na TV paga, usou seu perfil no Facebook para desabafar após ter sido reprovada em um teste.

A jovem de 25 anos relatou que a produtora responsável por selecionar o elenco a classificou como "boa atriz, mas gordinha" ao explicar a reprovação à agente de Maria.

Após a agente rebater, dizendo que a atriz é magra, a produtora explicou que o "rosto redondo" faz com que ela pareça estar acima do peso. Ela ainda teria sugerido que se ela "secasse", teria mais oportunidades na carreira.

"Segundo uma produtora de elenco, eu sou gordinha. Na resposta pra minha agente sobre um teste, foi esse um dos retornos. "Boa atriz, mas ela é gordinha, né?". Gordinha.

Minha agente respondeu: "como assim? A Maria é magra". E a produtora completou: "Mas ela tem um rosto redondo, que dá uma aparência de gordinha. Se ela secasse um pouco ajudaria ela", contou Maria no Facebook. 

(Foto: reprodução/Instagram)

Continuando o desabafo, a atriz ainda destacou os efeitos que esse tipo de comentário poderia causar na vida de qualquer artista. "Olha, me faltam palavras. A nossa sociedade está absolutamente doente. Primeiro eu dei risada. Daí fiquei com raiva. Dei risada de novo. E aqui estou eu, pensando que muitas mulheres não dariam risada no meu lugar. Porque esse tipo de comentário mexe com a nossa auto-estima, com a nossa confiança, com o nosso vigor. E se eu posso simplesmente relevar esse comentário porque sou magra e dentro do padrão, outras garotas ficariam devastadas ao ouvir um comentário desse".

A jovem avaliou que pela primeira vez encarou o lado "cruel" da profissão. "Bastaria responder: "Ela não é o perfil da personagem". E ponto. Agora apontar um defeito físico que não tem nada a ver com o que se procura para o papel é surreal. Acho isso grave. Comentários como esse podem desencadear em distúrbios alimentares em muitas atrizes. Não passa isso na cabeça dessa mulher e de produtores como ela?

Ser atriz é uma novidade na minha vida. Até agora tinha experimentado apenas o lado bom. O lado cruel, machista e desumano, que todas nós já sabemos que existe, mas eu nunca tinha sentido na pele, acaba de bater na minha porta. E a luta segue. Não há outra opção", concluiu.

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