Internautas discutem sobre usar símbolos de outras culturas no Carnaval

(Foto: Divulgação/Marie Claire)

Alessandra Negrini, 49 anos, nem bem colocou seus pés nas ruas de São Paulo e, como todo ano, já gerou milhares de comentários nas redes sociais. A atriz, que está há 8 anos à frente do bloco Acadêmicos do Baixo Augusta, dividiu opiniões ao aparecer para o desfile neste domingo (16) vestida de índigena acompanhada da ativista Sônia Guajajara. 

Em entrevista à revista Marie Claire, Negrini avisou que o traje seria uma espécie de manifesto. "Esse ano a questão indígena está no centro das resistências. Estamos vendo nossos povos originários sendo violentamente atacados, suas terras invadidas, suas vidas ceifadas , suas culturas ameaçadas. Queremos, com o nosso carnaval, colaborar com o fortalecimento das vozes  do movimento indígena, ampliando cada vez mais a visibilidade dessa luta", explicou ela à publicação.

Nas redes sociais, as reações foram diversas. "Índio não é fantasia. Fantasie com a Alessandra Negrini vestida de Índia", ironizou um internauta no Twitter. "Quero saber se teve alguém pra gritar que etnia não é fantasia na orelha da Alessandra Negrini", comentou mais um. "Se vocês cancelaram a Alessandra Negrini, eu não respondou por mim", opinou um rapaz. 

Índio não é fantasia.

Fantasie com Alessandra Negrini vestida de índia pic.twitter.com/rWeb6LYNCr

— Skepticism (@skepticism_net) February 16, 2020

A polêmica contra fantasias de índios no Carnaval não é recente. No ano passado, a ativista indígena Katú criou hashtag #índionãoéfantasia para divulgar nas redes sociais e criticou, inclusive, artistas que se apropriaram de símbolos da cultura indígena para desfilar.  

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