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Salette Lemos fala sobre as tendências no preço da carne e da inflação

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O aviso de produtores e economistas e a alta veio para ficar e dá pra entender. Primeiro na carne, que teve preços parados desde a crise de 2014. Com a crise que acabou com emprego e com a renda de milhões, brasileiros simplesmente deixaram de consumir carne ou diminuíram consumo. Com a queda no consumo, os pecuaristas não tinham como repassar para o preço da carne a alta de preços da ração que alimenta os animais. Depois veio a seca de 2014 que acabou desestimulando ainda mais os produtores a investirem na engorda. Ou seja, o cenário já estava desajustado quando veio essa super demanda da China. Desajuste que ganhou força com o abate de vacas. Como os bezerros por causa da seca estavam demorando muito para engordar, os produtores passaram a matar vacas. Resultado: com menos vacas no rebanho menos bezerros para engordar. Isso para não falar da alta do dólar que fez, claro, os produtores concentrarem venda la fora. Aliás, a alta do dólar é pressão nos preços em geral, começando pelos combustíveis e pelo pão nosso de cada dia, que é feito com trigo importado. Enfim, existe uma pressão de alta não só na carne, mas na inflação em geral.

Publicada: 06/12/2019

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