19/01/2017 18:05:00 - Atualizado em 19/01/2017 18:40:00

Teori votou contra a anulação de impeachment e aceitou denúncia contra Cunha

Redação RedeTV!

Formado em Ciências Jurídicas e Sociais pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul em 1972, Teori Zavascki foi indicado para o Supremo Tribunal Federal no final de 2012, durante o primeiro mandato de Dilma Rousseff, para substituir Cezar Peluso.

Antes, no STJ, Teori foi ministro entre 2003 e 2012, indicado por Fernando Henrique Cardoso e nomeado por Lula.

Na UFRGS, foi doutor em Direito e professor - lecionava na instituição desde 1987.

Votações no Supremo

Em fevereiro de 2014, Teori votou pela absolvição dos condenados do processo do mensalão no que se referia ao crime de formação de quadrilha.

Em março de 2015, autorizou a abertura de inquérito para investigar 47 políticos suspeitos de participar de esquema corrupto na Petrobras - no âmbito da Operação Lava Jato. Teori, aliás, era o relator do caso no STF.

Em novembro daquele ano, o ministro determinou à Polícia Federal que cumprisse quatro mandados de prisão, incluindo o senador Delcídio do Amaral e o banqueiro André Esteves.

Já em 2016, Zavascki determinou que todas as investigações da Lava Jato na primeira instância (com Sérgio Moro) envolvendo o ex-presidente Lula e políticos com foro privilegiado fossem remetidas ao Supremo.

Em maio, duas decisões importantes: deferiu medida cautelar que determinava a suspensão do mandato de Eduardo Cunha como deputado e, consequentemente, como presidente da Câmara. Também negou o pedido de anulação do processo impeachment de Dilma Rousseff.

Em junho, alguns posicionamentos do ministro mudaram o xadrez político em Brasília. Primeiro, decidiu que a investigação envolvendo Lula deveria ser mandada para Moro, na primeira instância. Depois, anulou as conversas telefônicas da ex-presidente Dilma por considerá-las ilegais. 

Em 14 de junho, Teori negou os pedidos de prisão da Procuradoria da República para Renan Calheiros, Romero Jucá e José Sarney. Ele alegou que não houve 'atos concretos que demonstrem que os três interferiram na Lava Jato'.

No dia 22 daquele mesmo mês, Zavascki aceitou denúncia contra Cunha e o parlamentar fluminense tornou-se réu por crimes como corrupção passiva, lavagem de dinheiro e evasão de divisas, todos relacionados à Lava Jato.

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