Reunião com governadores não é para discutir 'pedaladas', diz senador
Ricardo Brito/Agência Estado"A reunião deve ser para discutir a reforma do ICMS e não pedalada. Não se pode queimar esse cartucho", criticou Pinheiro ao Broadcast Político. "O governo que se acerte lá com o TCU. Estou preocupado com uma saída para o Brasil".
Levantamento feito pelo Palácio do Planalto aponta que 17 Estados se valeram de operações semelhantes às feitas pelo governo federal de adiar pagamentos a bancos públicos de programas sociais, as "pedaladas fiscais". O senador do PT não crê que os chefes dos Executivos estaduais vão prestar solidariedade ao governo Dilma nessa questão. "Os governadores vão admitir que são réus confessos? É muita infantilidade pensar assim", afirmou o petista. O governo tem defendido a legalidade dos repasses, argumentando que os atrasos ocorreram em outras administrações, desde a gestão Fernando Henrique Cardoso, e não constituem empréstimo.
Para Pinheiro, que tem conversado com o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, sobre a reforma do ICMS, essa é a única agenda que poderá, no momento, unir os governadores, a base aliada e a oposição no Congresso. Isso poderá ocorrer, disse, porque a iniciativa tende a acabar com a guerra fiscal dos Estados e ajudar na retomada do crescimento da economia.