24/05/2017 14:36:00 - Atualizado em 24/05/2017 15:07:00

"Questão tão grave como impeachment não pode ser avaliada em um drive-thru", diz Maia

Redação/RedeTV! com Agência Brasil


(Foto: Agência Brasil)

O deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara, negou nesta quarta-feira (24) que tenha engavetado os pedidos de impeachment protocolados contra o presidente Michel Temer, seu aliado no governo, em razão da delação premiada dos principais executivos da JBS. Segundo ele, o processo não pode ser avaliado com pressa.

“Eu não posso avaliar uma questão tão grave como essa num drive thru, não é assim, não é desse jeito. Quanto tempo se discutiu aqui a crise do governo Dilma? As coisas não são desse jeito, nós temos que ter paciência. Estão dizendo que eu engavetei. Não é uma decisão que se toma da noite pro dia. Eu disse desde o início: a presidência da Câmara não vai ser instrumento pra desestabilização do país", defendeu-se Maia.

Até o momento 12 pedidos foram protocolados, de acordo com levantamento da Secretaria-Geral da Mesa Diretora. A expectativa é que a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) registre mais um pedido na próxima quinta-feira (25).

Pedido de impeachment de estudantes

Um grupo de 15 estudantes que integram a União Nacional dos Estudantes e da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP) entregaram nesta quarta-feira (24) ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), um abaixo-assinado pedindo o impeachment do presidente Michel Temer.

O documento contém 220 mil assinaturas que foram coletadas digitalmente na última semana, depois da divulgação de denúncias de envolvimento da Presidência da República em esquema de pagamento de propina e troca de favores com empresários investigados na Operação Lava Jato.

Os estudantes pedem ainda que sejam convocadas eleições diretas para escolha de um novo presidente. “É uma opinião que não é só dos estudantes, mas também da população. O governo Temer não conta mais com a legitimidade que o Brasil precisa pra sair dessa crise econômica e, por isso, a gente acredita que a única medida possível é a eleição direta”, disse Paula Masulk, representante do Centro Acadêmico XI de Agosto, da Faculdade de Direito da USP.

Para entrar na Câmara, os estudantes relataram que enfrentaram algumas dificuldades. Mas, depois de negociação intermediada por alguns parlamentares, eles foram recebidos por Maia. A segurança da Câmara está reforçada, com acesso restrito e maior presença de policiais legislativos nos corredores da Casa.

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